quarta-feira, 25 de maio de 2011

Projetado


Introdução
Uma breve história do design
[Tradução da Introdução do livro By Design, Evidence for nature's Intelligent Designer – The God of the Bible, de Jonathan Sarfati. Traduzido a partir da versão em espanhol, disponível em: http://creation.com/by-design-introduction-spanish]

O argumento do design tem uma história longa e notável.
Durante milênios os filósofos usaram o design da vida e do universo como evidência de um Designer.
Dado que a vida se originou em um passado remoto, a ciência experimental não pode observar diretamente seu planejamento ou sua evolução. Porém é lógico supor que a evolução ou a criação produziram certos efeitos que podemos observar hoje. Este capítulo trata sobre os critérios que usamos em nossa vida cotidiana para determinar se algo foi projetado, e aplica estes critérios aos seres vivos.

Argumento do projeto para o projetista
Muitos filósofos sustentaram que o mundo vivo mostra evidências de planejamento, as quais apontam para um ou mais projetistas. Isto se conhece como o argumento teleológico.
Platão e Aristóteles [1]
Platão (428-348 a.C) afirmava que há duas coisas que "fazem que os homens acreditem nos deuses", uma baseada na alma, e a outra baseada na "ordem e movimento das estrelas, e de todas as coisas debaixo do domínio da mente que ordenou o universo".[2]
Seu maior discípulo, Aristóteles (384-322 a.C) [3] argumentando a partir da ordem nas estrelas sustentou que deve ter tido um "Primeiro Promotor Imutável que é Deus, um ser sublime, vivente, inteligente, incorpóreo, eterno o qual é a fonte de ordem no cosmos." [1]
Cícero
O orador e político romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C) em seu livro De Natura Deorum (Sobre a Natureza dos deuses) usa energicamente os argumentos do design contra a concepção evolucionista de Epicuro (341-270 a.C.). Epicuro ensinava que todas as coisas se formam por colisões aleatórias das partículas, as quais poderiam formar inclusive algo tão belo como o mundo. Cícero respondeu que isto era semelhante a crer que se lançamos ao chão as letras do alfabeto com a freqüência suficiente, deveríamos compor os Anais de Ênio. E disse que se as colisões aleatórias das partículas podiam criar um mundo, porque não podia construir objetos muito menos difíceis como uma colunata, um templo, uma casa ou uma cidade, os quais sem dúvida alguma foram projetados?
O Apóstolo Paulo
Um dos escritos mais famosos de Paulo sobre o tema do Projetista é encontrado em Romanos 1:20:
"Por que as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis."
Mestres da Igreja
O antigo apologista latino Minucio Félix (século III d.C) defendeu o design em sua obra Octavius. Esta obra está escrita em forma de um diálogo entre um cristão e um pagão e tem muitas semelhanças com os escritos de Cícero. Gregório de Nazianzeno, o Teólogo (329-389) utiliza argumentos de design. Porém um dos mais conhecidos é Tomás de Aquino (1225-1274), quem postulou "cinco vias", ou o que ele considerava cinco provas da existência de Deus em sua Suma Teológica:
"A quinta via se baseia no governo do mundo: vemos que algumas coisas que carecem de conhecimento, isto é, os corpos naturais, atuam alcançando um fim. E isto se evidencia porque atuam sempre, ou quase sempre, da mesma forma, com o propósito de obter o melhor resultado. Por isso, é evidente que alcançam sua finalidade, não por acaso, mas sim intencionalmente. Agora, algo que carece de conhecimento não pode avançar para uma finalidade, a menos que seja dirigido por um ser dotado de conhecimento e inteligência, como a flecha que é dirigida pelo arqueiro. Portanto, existe um ser inteligente causador de que todas as coisas naturais se dirijam a sua finalidade, e a este ser lhe chamamos Deus."
Sir Isaac Newton
Isaac Newton (1642-1727), que é considerado o maior cientista de todos os tempos, escreveu mais acerca de teologia que de ciência. Por exemplo, escreveu:
"Este sublime sistema do Sol, planetas e cometas só pode vir do conselho e domínio de um Ser inteligente... Este Ser governa todas as coisas, não como a alma do mundo, mas sim como Senhor sobre tudo, e em razão do seu domínio é freqüentemente chamado "Senhor Deus", Παντοκράτωρ [Pantocrator], o "Soberano Universal"... O Deus supremo é um ser eterno, infinito, absolutamente perfeito." [4]
"Se opor a piedade é professar o ateísmo e praticar a idolatria. O ateísmo é tão insensato e odioso para a humanidade que nunca teve muitos professores." [5]
William Paley
O inglês William Paley (1743–1805) foi um renomado defensor do projeto, escreveu seu conhecido tratado Teologia Natural em 1804. Seu argumento mais conhecido trata de alguém que encontra um relógio enquanto caminha por um campo estério.
Observando em sua totalidade a intricada maquinaria e como está disposta de forma correta, a única conclusão lógica é que teve um autor que "entendeu sua construção e projetou sua utilização". Paley também argumentou que o olho foi projetado, comparando-o com aparelhos ópticos projetados, como os telescópios e os microscópios.
Este livro foi leitura obrigatória nas universidades britânicas durante várias décadas, e exerceu uma grande influência durante muitas gerações. [6]
O filósofo da ciência Elliot Sober, contrário a teoria do design, o resume assim:
"Antes de Darwin, alguns dos melhores e mais brilhantes talentos, tanto na filosofia como na ciência, defenderam que a adaptabilidade dos organismos só pode ser explicada pela hipótese de que os organismos são o produto de um projeto inteligente. O argumento do projeto é uma linha de raciocínio que vale a pena valorizar como um objeto de autêntica beleza intelectual. Não foi a fantasia de alguns loucos, mas sim de gênios criativos." [7]
Críticos
David Hume
Muitos sustentam que o argumento de Paley foi refutado pelo filósofo escocês David Hume (1711–1776) em seu livro Diálogos sobre a Religião Natural publicado em 1779. Porém, a obra de Paley foi escrita quase trinta anos depois de Hume, e segundo Frederick Ferré, o argumento de Paley não se vê afetado pela maioria das objeções de Hume. [8]
Além disso, Filón, o personagem usado por Hume para encarnar suas próprias opiniões contra o argumento do design de Cleantes, ao final está de acordo que o argumento do design é contundente.

Charles Darwin e Alfred Russel Wallace
Até mesmo alguns ateus ardentes como Richard Dawkins estão de acordo que a resposta de Hume era insuficiente porque não consegue propor uma alternativa para a origem da complexidade. Porém Darwin (1809–1882) [9] e Wallace [10,11] adotaram uma idéia encontrada nos escritos de Paley e desenvolvida por Edward Blyth (1810–1873), a seleção natural. [12] Blyth e outros teóricos do design postulavam que a seleção natural é uma força conservadora, que elimina os não aptos (conservando assim "a qualidade de uma população de animais") e que executa um papel destacado no desenvolvimento de novas variedades animais. Pelo contrário Darwin e Wallace afirmam que a seleção natural é uma força criativa. Supostamente, a seleção natural poderia agir em pequenas variações e ao acumulá-las progressivamente, ao longo de longos períodos de tempo, poderia criar uma maior complexidade. Dawkins disse a famosa frase:
"Um ateu antes de Darwin poderia ter dito, seguindo a Hume: 'Não tenho uma explicação para o complexo desenho biológico. Tudo o que sei é que Deus não é uma boa explicação, de maneira que devemos esperar e confiar que alguém proponha outra melhor.' Pode imaginar que esta postura, ainda que logicamente sensata, deveria deixar uma sensação de profunda insatisfação, e que ainda que o ateísmo poderia ser mantido de uma forma lógica antes de Darwin, este fez que seja possível ser um ateu intelectualmente satisfeito." [13]
Os críticos de Darwin
O surgimento, no século XX, do moderno movimento antievolucionista a favor da criação deu lugar a muitas obras questionando o darwinismo. Woodward resumiu o surgimento do moderno movimento do design [14, 15] porém muito antes do aparecimento do moderno movimento do design, um dos antievolucionistas mais notáveis foi um ornitólogo do Reino Unido ex-darwinista e ex-advogado: Douglas Dewar (1875–1957). Dewar foi um líder do movimento de protesto contra a evolução, e escreveu vários livros sobre o design biológico. [16]
Nos EUA, o engenheiro Henry Morris (1918–2006) fundou o Institute for Creation Research em 1970. Morris iniciou o movimento criacionista moderno com seu livro The Genesis Flood (1961) do qual foi co-autor o teólogo John Whitcomb. Seu colega, o bioquímico Duane Gish (1921–), pronunciou freqüentes conferências sobre o design dos organismos vivos, assim como sobre o registro fóssil e sobre as críticas às teorias sobre a origem evolutiva da vida. Teve grande êxito nos debates com evolucionistas, [17] que muitas vezes aconteceram nos campi universitários dos EUA.
Informação
Quase ao mesmo tempo, Arthur Wilder-Smith (1915–1995), triplo doutorado em ciências, argumentou contra o darwinismo com base no design. Foi pioneiro no uso do conceito de informação. William Dembski (1960–), doutor em matemática e filosofia da ciência, divulgou o conceito de informação e desenvolveu sua base matemática de forma rigorosa, em seu livro The Design Inference (A Inferência de Projeto), publicado pela prestigiosa Cambridge University Press (1998). [18] Outro matemático crítico do darwinismo é Lee Spetner, que ensinou a teoria da informação e comunicação no Laboratório de Física Aplicada da John Hopkins University desde 1951 até 1970. Lee sustenta que as mutações e a seleção natural são insuficientes para explicar a enorme quantidade de informação nos seres vivos. [19]
Complexidade Irredutível
Ao mesmo tempo, o bioquímico Michael Behe (1952-) estudava exemplos práticos de design. Em seu caso expondo suas descobertas sobre os processos bioquímicos e a maquinaria submicroscópica que Darwin nunca imaginou que existira. Behe é conhecido por cunhar o termo "Complexidade Irredutível":
"Por complexidade irredutível me refiro a um sistema único composto de várias partes interdependentes que contribuem para sua função básica, no qual a eliminação de qualquer das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar. Um sistema irredutivelmente complexo não pode ser produzido gradualmente mediante leves modificações sucessivas de um sistema precursor, já que qualquer precursor de um sistema irredutivelmente complexo é, por definição, não funcional. Dado que a seleção natural requer a existência prévia de uma função para ser selecionada, um sistema biológico irredutivelmente complexo, se existisse, teria que surgir como uma unidade integrada para que a seleção natural tivera algo para atuar. Se admite quase universalmente que tal evento súbito, seria incompatível com o gradualismo que Darwin imaginou."
A complexidade irredutível descreve a característica biológica que Darwin se referiu neste desafio:
"Se pudesse ser demonstrado que existe algum órgão complexo que não poderia ter sido formado por numerosas e leves modificações sucessivas, minha teoria se desmoronaria por completo."
Behe cita como exemplo uma máquina muito simples: uma ratoeira. Esta não funciona sem a totalidade dos seus componentes; a plataforma, o gancho para a isca, a mola, o arame grosso que serve de martelo, todos devem estar no seu lugar correto. Se for eliminado somente um componente, a ratoeira deixa de funcionar completamente, ou seja, não se pode reduzir sua complexidade sem destruir completamente a sua função.
A idéia central do livro A Caixa Preta de Darwin é que muitas estruturas dos organismos vivos mostram complexidade irredutível, muito mais que uma armadilha para ratos, muito mais do que qualquer máquina feita pelo homem. O autor mostra que até mesmo a forma mais simples de visão em qualquer ser vivente requer uma enorme variedade de elementos químicos dispostos nos lugares adequados, assim como um sistema para transmitir e processar a informação. O mecanismo da coagulação do sangue também está constituído por muitos elementos químicos diferentes que atuam juntos, evitando que sangremos até a morte por causa de cortes sem importância, e ao mesmo tempo evitando a coagulação de todo o sistema sanguíneo.
Posteriormente, Behe escreveu o livro The Edge of Evolution (Os Limites da Evolução)(2007). [21,22]
Este livro se propõe a examinar o que exatamente que os supostos processos neo-darwinistas podem conseguir. Neste livro, o autor aperfeiçoa o conceito de complexidade irredutível que se fez tão popular depois do seu primeiro livro, somando dois conceitos adicionais; etapas e coerência:
"Neste capítulo, desenvolvo dois critérios para julgar se as mutações aleatórias combinadas com a seleção natural são uma explicação biologicamente razoáveis para qualquer dado fenômeno molecular. Os critérios, que se desenvolvem em detalhe no resto do capítulo, são os seguintes:
  • Primeiro, Etapas: Uma explicação darwinista é tanto mais improvável quanto mais etapas evolutivas intermediárias tenha que atravessar para alcançar um objetivo biológico sem colher um benefício líquido.
  • Segundo, Coerência: Uma característica clara do planejamento é o ordenamento coerente de etapas para se conseguir um objetivo. Em contraste, a mutação aleatória é incoerente, ou seja, não há razão alguma pela qual um avanço evolutivo de uma população de organismos teve conexão com seu predecessor. "[23]
Em seguida, Behe explica:
"O conceito de complexidade irredutível, ao ser centrado principalmente sobre as "partes" de um sistema, ignora o fato de que uma parte poderia ser uma peça especial que em si mesma demande uma explicação que inclua muitas etapas. Além do mais, ignora as etapas necessárias para juntar (unir fisicamente) um sistema, uma vez que as partes estão disponíveis. Quando a mola foi fabricada e as outras partes da futura ratoeira estão prontas para o uso, o fabricante de ratoeiras reúne as distintas peças que se encontram em diferentes lugares de sua oficina, às leva a seu banco de trabalho e as junta em sua posição correta.
O conceito de sucessão de "etapas" é semelhante à idéia de complexidade irredutível porque ambos se perguntam se são requeridos múltiplos fatores para se produzir algo. Porém, usando o conceito de "etapas", Behe vai mais além, pois se pergunta quantas ações separadas (não somente partes separadas) são necessárias para construir um sistema. O conceito da sucessão de "etapas" é especialmente útil quando o número de ações necessárias juntarem as partes é pequeno. Assim se pode localizar o limite da evolução com maior precisão.
O conceito de coerência está implícito na definição de complexidade irredutível na idéia de partes que estão "bem adaptadas" para formar um sistema. A ratoeira, composta por peças que encaixam perfeitamente umas com as outras, é muito coerente. Dado que é irredutivelmente complexa, não pode ser construída diretamente por um processo gradual similar ao proposto em um cenário darwinista.
Porém suponhamos que existira uma via indireta e tortuosa que pudera dirigir à montagem da ratoeira. Não seria razoável esperar que um processo cego encontrasse esta via... Há muitos becos sem saída, demasiadas ocasiões para que tudo se destrua. Para pegar ratos bastaria um buraco profundo no chão. Porém, um buraco no solo não é uma etapa no caminho que nos leva a uma ratoeira convencional. De modo que, para continuar a construção da ratoeira convencional, seria necessário tampar o buraco (perdão por exagerar a analogia) então os ratos se multiplicariam, pelo menos temporalmente, fazendo que esta via parasse definitivamente. Uma mancha de cola pode pegar um rato, mas não pode transformar-se gradualmente em ratoeira mecânica.
Quanto mais peças requeiram um sistema e quanto mais estreitamente se relacionem, tantas mais ocasiões para que o processo de construção do sistema se paralise por completo." [24]
Como detectamos o projeto?
Richard Dawkins escreveu:
"A biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido projetadas com um propósito." [25]
Claro, Dawkins nega que sejam realmente desenhadas, e as denomina com um termo que ele mesmo cunhou: desenhóides. Porém é ele que deve provar que a aparência de design é enganosa, que é uma ilusão. O presente livro sustenta que a inferência de projeto vai mais além das simples aparências, que a natureza mostra um paralelismo real com as coisas que sabemos que foi projetado, um paralelismo que se observa inclusive nos níveis mais profundos.
Desde o momento que aceitamos a idéia de "aparência de projeto" estamos reconhecendo que o planejamento possui certas características. As pessoas reconhecem a presença de design inteligente constantemente. Por exemplo, se encontramos algumas pontas de flecha em uma ilha deserta, podemos supor que foram feitas por alguém, ainda que não possamos ver o projetista.
Há uma diferença clara entre os escritos produzidos por uma pessoa inteligente, por exemplo, as obras de Shakespeare, e uma seqüência de letras ao acaso como WDLMNLT DTJBKWIRZREZLMQCOP. [26] Também há uma diferença óbvia entre as palavras de Shakespeare e uma seqüência repetitiva como ABCDABCDABCD. Este último é um exemplo de ordem, que deve distinguir-se da narrativa de Shakespeare, a qual é um exemplo de complexidade especificada.
Também podemos reconhecer a diferença que existe entre uma mensagem escrita na areia e as marcas produzidas como conseqüência da ação das ondas e do vento. As cabeças esculpidas dos presidentes dos EUA no Monte Rushmore são claramente diferentes dos vestígios causados pela erosão. Novamente, isto é Complexidade Especificada. A erosão produz formas irregulares ou formas muito ordenadas, como as dunas de areia, porém não produz as cabeças dos presidentes dos EUA nem tão pouco produz textos escritos.
Outro exemplo é o programa SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) para a busca de inteligência extraterrestre. A busca de inteligência extraterrestre não teria sentido se não existisse nenhuma forma de discernir se um determinado tipo de sinal procedente do espaço é ou não uma prova de um emissor inteligente. O critério para decidir se procede de um emissor inteligente é, novamente, um sinal que contenha um alto nível de complexidade especificada; este sinal seria a prova da existência de um remetente inteligente mesmo quando não tivéssemos nenhuma outra informação sobre a natureza do seu emissor. Porém uma seqüência aleatória ou uma seqüência repetitiva não constituem nenhuma prova. Os processos naturais produzem ruído radiomagnético procedente do espaço exterior, enquanto os pulsares (estrelas colapsadas ultra-densas que giram muito rapidamente e emitem sinais de rádio regulares, por isso se chamando "estrelas variáveis pulsantes") produzem sinais regulares. Na realidade, inicialmente, quem estava desejoso de crer em extraterrestres confundiram os pulsares com sinais, porém isto se deve ao fato de que confundiram ordem com complexidade. Assim, os evolucionistas (que são, quase em sua totalidade, defensores da busca de vida extraterrestre) estão dispostos a utilizar a evidência de uma alta Complexidade Especificada como prova de inteligência quando lhes convém por motivos ideológicos. Isto demonstra mais uma vez como as pressuposições influenciam na nossa forma de interpretar os dados. Para mais informação sobre falácias relacionadas com os OVNIs e SETI veja o livro "God and the Extraterrestrials".[27]
O filtro explanatório para detectar o projeto
Em seu livro The Design Inference (A Inferência de Projeto), William Dembski propõe uma forma de chegar a conclusão de planejamento por meio de um processo de eliminação, usando um "filtro". Dembski propõe três possíveis explicações para toda característica observada na natureza: lei, casualidade e planejamento. O método proposto nos leva a buscar uma explicação com base nestas três possibilidades e nesta ordem:
  1. As leis naturais explicam a regularidade. Isto se aplica inclusive se, como indica a Bíblia, a lei natural é somente nossa descrição da forma regular na qual Deus mantém o universo.
    Dembski disse:
    "Para que o filtro elimine a regularidade, é necessário se estabelecer que existe uma multiplicidade de possibilidades compatível com a circunstância antecedente dada (recordemos que a regularidade só admite uma possível conseqüência para uma circunstância antecedente concreta), que dizer, eliminar a regularidade é estabelecer uma multiplicidade de possíveis conseqüências."
  2. O acaso explica a verdadeira aleatoriedade. Para que uma lei possa explicar um resultado tem que haver somente um número limitado de possíveis resultados, todos eles previsíveis a partir das circunstâncias. Estes são eventos de alta probabilidade. Se há muitos possíveis resultados diferentes, então a lei não pode explicá-lo.
  3. Depois de ter excluído a lei e o acaso já se pode supor que a causa é o projeto. Os eventos planejados possuem padrões marcados por duas caracteristicas: são especificados e de probabilidade muito pequena, como Dembski assinala: "Os eventos especificados de pequena probabilidade não ocorrem por acaso."
Naturalmente, os críticos reagiram contra o critério de Dembski para detectar o projeto dos organismos vivos. Porém se os críticos têm razão, então é impossível detectar o projeto de qualquer tipo: tanto o projeto divino, como o extraterrestre, ou inclusive o planejamento humano.
Dembski ilustra seu filtro com um exemplo prático de diferenciação entre o acaso e o projeto. O exemplo trata de uma acusação por fraude consistente na aparição de certas seqüências que deveriam ser aleatórias e que não o eram, ou seja eram o resultado de planejamento.
"TRENTON, 22 de julho[28] – O Tribunal Supremo de Nova Jersey pôs em evidência a fraude do "homem do braço de ouro", Nicolas Caputo, o Secretário do Condado de Essex simpatizante do Partido Democrata que durante várias décadas tem planejado as cédulas de voto nas quais os candidatos do Partido Democrata apareceram na primeira posição da lista de candidatos em 40 das 41 eleições realizadas... O tribunal constatou que as possibilidades de escolher o mesmo nome 40 vezes em 41 intenções são menores do que 1 em 50 bilhões." [29]
Quando os criacionistas ressaltam a infinitamente pequena probabilidade da origem espontânea da vida, muitos evolucionistas replicam: "E daí? Todas as seqüências são igualmente improváveis. Por exemplo, era extremamente improvável que eu recebesse uma determinada combinação de naipes, mas ainda assim eu sempre recebo uma." No entanto, o eixo central do filtro explanatório de Dembski não é só a baixa probabilidade, afinal de contas, toda seqüência aleatória particular de 41 resultados também é altamente improvável. O teste seria tentar repetir a mesma série por uma segunda vez. Há duas condições indispensáveis, que são: uma probabilidade baixa e que o evento seja especificado, que não se trate de um evento qualquer (ver também o capítulo 14 "Enganando com o acaso").
Em uma votação, o candidato cujo nome aparece na primeira posição na cédula eleitoral possui uma grande vantagem, porque um eleitor descuidado é mais propenso a votar nessa pessoa.
Assim, a alta porcentagem de candidatos do Partido Democrata situados na primeira posição da papeleta eleitoral fez que estes candidatos desfrutassem de uma grande vantagem, e o secretário encarregado de confeccionar as cédulas era um simpatizante do Partido Democrata. Portanto, uma proporção de 40/41 aparições na primeira linha é um resultado de significado reconhecível, e já que Caputo era simpatizante do Partido Democrata isto constitui um padrão especificado de antemão. Dado que a probabilidade que surgisse esta seqüência ao acaso era minúscula, não é nenhuma maravilha que o Tribunal Supremo de Nova Jersey razoavelmente concluíra deste modo:
"Ante estas probabilidades, poucas pessoas razoáveis aceitariam a explicação do acaso" (citado na página 19).
Mesmo assim, Dembski explica que enquanto a fraude é:
"sem dúvida a melhor explicação do braço de ouro de Caputo... o Tribunal se privou de condená-lo... porque o tribunal não tinha um mandato claro para atuar frente a uma seleção altamente improvável de linhas nas cédulas de voto."
Aplicação aos seres vivos
As três categorias propostas por Dembski mostra que existe um reconhecimento prévio destas categorias básicas. Leslie Orgel (1927-), evolucionista e investigador da origem da vida o confirma assim:
"Os seres vivos se destinguem pela sua Complexidade Especificada. Os cristais, como o granito, não podem considerar-se como vida porque carecem de complexidade, misturas de polímeros aleatórios não reunem os requisitos, porque carecem de especificidade." [30]
Infelizmente, um materialista como Orgel se nega a ver uma conexão entre a complexidade especificada e o planejamento, apesar de que a complexidade especificada é o critério preciso do planejamento.
Informação
O critério do planejamento pode ser descrito em termos de informação. O termo complexidade especificada implica alto conteúdo de informação. Em termos mais formais, o conteúdo da informação de qualquer padrão é o tamanho, em bits, do algoritmo (programa) menor requerido para gerar esse padrão. Um programa curto pode facilmente produzir uma seqüência aleatória:
  1. Imprimir uma letra qualquer ao acaso.
  2. Voltar ao passo 1.
Este programa pode produzir uma seqüência repetitiva:
  1. Imprimir ABCD.
  2. Voltar ao passo 1.
Agora, para produzir as obras teatrais de Shakespeare o programa teria que ser o suficientemente grande para escrever cada letra em seu lugar correspondente. [31]
A quantidade de informação que possui os seres vivos é muito maior que as obras de Shakespeare. Richard Dawkins disse:
"Há capacidade de informação suficiente em uma só célula humana como para guardar 30 volumes da Enciclopédia Britânica três ou quatro vezes." [32]
Portanto não é lógico crer que uma enciclopédia pudera originar-se sem inteligência, do mesmo modo não é lógico crer que a vida pudera originar-se sem inteligência.
Todavia, mais surpreendente é que os seres vivos têm o sistema de armazenamento e recuperação de informação mais compacto que se conhece. E é lógico que seja assim se uma célula de tamanho microscópico vá armazenar uma informação equivalente a várias vezes o conteúdo da Enciclopédia Britânica. Para ilustrar isso, podemos dizer que a quantidade de informação que poderia ser armazenada em um volume de DNA equivalente a cabeça de um alfinete é esmagadora: É o conteúdo de informação de um monte de livros de bolso de uma altura igual a 500 vezes a distância da terra a lua, cada um deles com um conteúdo distinto e específico. [33]
Podem as mutações gerar informação?
Até mesmo se concedêssemos aos evolucionistas o aparecimento fortuito da primeira célula, ainda assim persiste o problema do aumento do conteúdo da informação total. Transformar uma primeira célula em um ser humano significa encontrar a maneira de gerar enormes quantidades de informação, da ordem de bilhões de "letras" (pares de bases). Esta informação deveria incluir as instruções necessárias para construir olhos, nervos, pele, ossos, músculos, sangue, etc. A evolução confia que os erros de cópia e a seleção natural geram a nova informação necessária. No entanto, os exemplos que comumente se apresentam como "evolução contemporânea" são sempre casos de perda de informação.
Spetner o confirma assim:
"Neste capítulo, vou mostrar vários exemplos de evolução (isto é, casos de supostos exemplos de evolução), em particular mutações, e mostrar que a informação não é acrescentada... porém em toda leitura que fiz na literatura das ciências da vida, eu jamais encontrei um exemplo de mutação que adicionara informação." [34]
"Todas as mutações pontuais que têm sido estudadas no nível molecular reduzem a informação genética e não a acrescenta. Supõe-se que a TND (Teoria Neo-Darwinista) deve explicar como, por meio da evolução, tem-se originado a informação que dá suporte a vida. A diferença biológica fundamental entre um ser humano e uma bactéria reside na informação que contêm. Todas as outras diferenças biológicas se derivam desta. O genoma humano contém muito mais informação do que o genoma bacteriano. A informação não pode incrementar-se a base de mutações que reduzem a informação. Uma empresa não pode ganhar dinheiro perdendo pouco a pouco." [35]
Mutações benéficas ou estratégia de terra arrasada?
Isto não significa que nenhuma mutação seja "benéfica", ou seja, que contribua para a sobrevivência de um organismo. Em determinadas condições, pode-se produzir uma resistência aos antibióticos e aos pesticidas por causa de uma transferência de informação (por meio de um pedaço de DNA chamado "plasmídio"), porém esta informação não é nova do ponto de vista evolutivo sendo que já existe previamente em outro organismo. Nos casos em que essa resistência é causada por uma mutação, jamais aparece nova informação. Outras mutações benéficas são, por exemplo, os besouros sem asas descobertos em pequenas ilhas desertas varridas pelo vento. Os besouros, ao perderem suas asas e, portanto, sua capacidade para voar, evitam ser arrastados pelo vento e lançados ao mar. [36] Obviamente, isto não tem nada a ver com a origem do vôo, que é o que se supõe que a evolução trata de explicar (ver o capítulo 4, "O Vôo"). Outra mutação benéfica se observa em certos animais que habitam cavernas escuras, cujos olhos parecem deteriorados; na mais absoluta escuridão, a seleção natural não atua contra criaturas cegas e estas por sua vez dispõem de olhos que são menos vulneráveis às infecções e aos ferimentos.
A resistência contra a malária
O segundo livro de Michael Behe [21] aborda a questão das mutações benéficas e dos limites dos processos darwinistas. Dado que seu projeto de pesquisa de doutorado tinha relação com a malária, Behe aplica sua experiência ao parasita da malária (Plasmodium Falciparu), as mutações que têm permitido aos seres humanos lutar contra essa enfermidade, e as mudanças que aconteceram no parasita para contrariar os efeitos dos medicamentos produzidos pelo homem.

Um dos mais eficazes medicamentos no combate a malária foi a cloroquina, porque o parasita demorou muito para desenvolver resistência contra ela. Behe mostra que a resistência a cloroquina está provavelmente relacionada com duas mutações específicas que aparecem juntas em um mesmo gene. Isto explica porque demorou tanto para aparecer a resistência a cloroquina, enquanto que a resistência a outros fármacos anti-malária, que só requerem uma mutação, aparece em apenas algumas semanas. Behe calcula a probabilidade de que esta dupla mutação ocorra no mesmo gene, usando os dados que outros cientistas obtiveram sobre este parasita (estatísticas populacionais, etc).

Se foi necessário tanto tempo para que aparecesse uma dupla mutação em um organismo que tem uma enorme população e um ciclo de vida tão curto (quer dizer, dispondo de muitíssimas ocasiões para se produzirem todo tipo de mutações), então quanto tempo levaria para acontecer uma dupla mutação em um organismo como o ser humano, com um período entre gerações tão grande e uma população relativamente reduzida?

Behe mostra que nunca ocorreria, inclusive se contarmos com os períodos de tempo que a teoria da evolução assume. E isto é só uma dupla mutação em um gene. Então, é impossível dar ao homem uma adaptação que requeira duas ou mais mutações específicas para ser eficiente, e, no entanto, se os seres humanos surgiram através dos processos evolutivos, isto teria que ter ocorrido em numerosas ocasiões.

Behe também explica que os parasitas resistentes a cloroquina são mais fracos que aqueles que não possuem esta resistência. Isto indica que a dupla mutação vai a detrimento da informação, que é usual. Parece que a causa que torna o parasita resistente a cloroquina é a redução de concentração no vacúolo do parasita, que afeta a um mecanismo de absorção. Segundo um estudo:

"As cepas de parasitas resistentes a cloroquina mostram consistentemente um mecanismo de importação que apresenta uma redução em termos de atividade de transporte e de afinidade a cloroquina." [37]

Este é o mesmo princípio que explica a aparição da resistência aos antibióticos em certas bactérias, onde a resistência se consegue graças a uma mutação que danifica uma bomba de injeção celular causando que a injeção do germe seja menos eficaz que em circunstâncias normais. [38]

Isto nos leva a outro dos pontos importantes de Behe: não estamos ante uma corrida armamentista, mas sim ante uma guerra de trincheiras ou uma estratégia de terra arrasada. Muitas das mudanças consistem em destruir maquinaria para evitar que o inimigo a use. Por exemplo, os defensores destroem suas próprias pontes para evitar que o inimigo as cruze, sabotam suas próprias fábricas se o inimigo está usando-as para produzir armamentos, queimam sua própria colheita para que o inimigo fique sem alimento...

Anemia de células falciformes
Isto também explica algumas das defesas humanas contra a malária, como a anemia de células falciformes. Neste caso, uma mutação faz com que as moléculas de hemoglobina sejam mais propensas a agruparem-se. Felix Konotey-Ahulu, uma das principais autoridades mundiais no tema das células falciformes, o explica assim:

"Estas células deformadas podem causar obstruções nos vasos sanguíneos menores, privando de oxigênio tecidos e órgãos. No entanto, os pacientes conseguiram ter êxito com a ajuda do tratamento adequado, chegando a serem médicos, advogados, etc."[39]

Porém aqueles que contam com um único gene para a anemia de células falciformes só têm a metade de suas moléculas de hemoglobina defeituosas, e por isso não se aglutinam entre si, e em conseqüência não sofrem efeitos prejudiciais. Embora este defeito, na realidade, supõe uma vantagem.

O parasita da malária se alimenta da hemoglobina, que está muito concentrada em nossos glóbulos vermelhos. Behe diz que a mutação da hemoglobina falciforme favorece a acumulação de moléculas de hemoglobina quando o parasita entra na célula. Esta aglutinação distorce sua forma, pelo que o baço detecta as células danificadas e as destrói, e junto com elas destrói também ao parasita. Assim os portadores de um só gene não sofrerão nenhum efeito negativo da anemia, e ao mesmo tempo estarão protegidos contra a malária.

No entanto, Konotey-Ahulu adverte: "Demonstrar a seleção natural não equivale a demonstrar que a "evolução construtiva" é um fato, embora para muitos estudantes se ensine isto como uma "prova" da evolução." E continua afirmando que "o gene das células falciformes segue sendo defeituoso, não representa nenhum aumento da complexidade ou nenhuma melhora na função que está sendo selecionada." E mostra a infeliz conseqüência que "quanto mais portadores de genes de células falciformes haja mais pessoas sofreram desta terrível enfermidade." [39]

A hemoglobina das células falciformes é um exemplo de estratégia de terra arrasada: sacrifica-se a um transportador de oxigênio útil para conseguir a destruição do invasor.

É mais fácil destruir que construir
Behe oferece uma série de exemplos que mostram como a destruição de algo ajuda ao organismo em sua luta contra outro organismo. No entanto, isto não é uma maravilha do darwinismo. É muito mais fácil destruir algo que construí-lo, e há muitas formas de destruir algo, enquanto que há muitas poucas formas de construí-lo. Algo tão simples como a areia pode degradar as engrenagens até parar a maquinaria, e uma porção de chiclete pode bloquear o movimento de uma peça. O mel introduzido em um depósito de combustível pode fazer com que um automóvel pare. Alguns mecanismos defensivos operam assim: uma molécula pegajosa impede que uma máquina molecular funcione normalmente.

Âmbito deste livro
A maioria dos capítulos trata de exemplos práticos de design, e mostram as dificuldades práticas com as quais as explicações evolucionistas propostas enfrentam, se é que foi proposta alguma, para estes sistemas.

O capítulo 12 se refere à origem da vida, e novamente trata principalmente dos problemas químicos práticos. Os argumentos teóricos matemáticos de Dembski , et. al. estão fora do âmbito deste livro.

Referências e notas
  1. Tomado de Craig, William Lane, Apologetics: An Introduction, 3.123, Moody Press, Chicago, 1984.
  2. Platão, Laws, 12.966e.
  3. Aristóteles, Metaphysics Λ.1.982610-15.
  4. Principia III; citado em Newton's Philosophy of Nature: Selection from his writings, p. 42, ed. H.S. Thayer, Hafner Library of Classics, NY, 1953.
  5. A Short Scheme of the True Religion, manuscrito citado em Memoirs of the Life, Writings and Discoveries of Sir Isaac Newton, por Sir David Brewster, Edimburgo, 1850; citado em Newton's Philosophy of Nature, p. 65, ref. 2.
  6. Proctor, R.M., Value-Free Science? Purity and Power in Modern Science, Harvard University Press, Cambridge, MA, p. 47, 1991.
  7. Sober, E., Philosophy of Biology, Westview, Boulder, CO, p. 29, 1993. Quoted in: Dembski, W., Intelligent Design, IVP, Downers Grove, IL, p. 71, 1999.
  8. Ferré, F., Introduction to Natural Theology: Selections, por William Paley, pp. xi–xxii, Bobs–Merrill, Indianapolis, 1963.
  9. Darwin, C.R., Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life, John Murray, London, 1859.
  10. Wallace, A.R., On the Tendency of Varieties to Depart Indefinitely From the Original Type, Ternate (eastern Indonesia), 1858; <www.zoo.uib.no/classics/varieties.html>.
  11. Grigg, R., Alfred Russel Wallace – 'Co-Inventor' of Darwinism, Creation 27(4):33–35, 2005.
  12. Grigg, R., Darwin's illegitimate brainchild: If you thought Darwin's Origin was original, think again!
    Creation
    26(2):39–41, 2004.
  13. Dawkins, R., The Blind Watchmaker: Why the Evidence of Evolution Reveals a Universe without Design, p. 6, W W Norton & Company, New York, 1986.
  14. Veja Woodward, T., Doubts About Darwin: A History of Intelligent Design, Baker Books, Grand Rapids, MI, 2003; e um resumo: Blievernicht, E., The rhetoric of design, J. Creation
    18(3):46–47, 2004.
  15. Uma seqüência em que ele responde às críticas; Woodward, T., Darwin Strikes Back: Defending the Science of Intelligent Design, Baker Books, Grand Rapids, MI, 2006; veja resumo: Weinberger, L., Intelligent debate, J. Creation
    21(2):48–51, 2007.
  16. Dewar, D., The Transformist Illusion, Sophia Perennis et Universalis, Ghent, NY, 1957.
  17. Um dos mais famosos foi um debate criação/evolução televisionado com o bioquímico Russell Doolitle realizado ante umas 5.000 pessoas na Liberty University em 13 de outubro de 1981. O evolucionista Roger Lewin escrevendo na revista pró-evolucionista Science descreve o debate como uma "derrota" em favor de Gish (Science, 214:638, 1981). No dia seguinte, o periódico pró-evolucionista The Washington Post informava do debate com este título "A Ciência perde um ponto ante o Criacionismo". O subtítulo citava um comentário angustiado de Doolitle: "Como é que eu vou contar isso para minha esposa?", mostrando que o mesmo Doolitle sabia que havia sido derrotado.
  18. Veja Truman, R., Divining design: A review of The Design Inference: Eliminating chance through small probabilities, J. Creation
    13(2):34–39, 1999.
  19. Spetner, L.M., Not by chance! Shattering the modern theory of evolution, The Judaica Press, Brooklyn, NY, 1996/7; veja resumo de Wieland, C., Creation
    20(1):50–51, 1997; <creationon.com/spetner>.
  20. Behe, M. J., Darwin's Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution, The Free Press, New York, 1996; veja entrevista de Wieland, C., The mousetrap man, Creation
    20(3):17, 1998; <creation.com/behe>.
  21. Behe, M., The Edge of Evolution: The search for the limits of Darwinism, Free Press, NY, 2007.
  22. Isso lhe valeu severas críticas dos guardiões da evolução, por exemplo, Richard Dawkins, Inferior Design, New York Times, 1 July 2007. Para ver uma refutação: Sarfati, J., Misotheist's misology: Dawkins attacks Behe but digs himself into logical potholes, <creation.com/dawkbehe>, 13 July 2007.
  23. Behe, Ref. 21, p. 104.
  24. Behe, Ref. 21, p. 121–122.
  25. Dawkins, Ref. 13.
  26. Exemplo de uma seqüência aleatória de Dawkins, Ref. 13, p. 47.
  27. Gitt, W., God and the extraterrestrials, Creation 19(4):46–48, 1997.
  28. New York Times, 23 de julho de 1985, p. B1.
  29. Para mais detalhes sobre este incidente, veja o artigo de Dembski na internet em: <www.arn.org/docs/dembski/WD_explfilter.htm>.
  30. Orgel, L., The Origins of Life, John Wiley, NY, 1973, p. 189.
  31. A informação pode ser definida matematicamente de maneira que a distinga da aleatoriedade, a ordem e a Complexidade Especificada. Quanto a transmissão de sinal, o receptor pode existir em um grande número de estados possíveis (Ω0), depois que uma mensagem foi recebida, o número de estados possíveis se reduz a Ω1 . O conteúdo informacional da mensagem I1 = ln k (Ω01), onde k = constante de Boltzmann. De MW Zemansky, Heat and Thermodynamics, McGraw-Hill, 4th ed. 1975, p. 190.
    Note que a definição é coerente: com uma seqüência repetitiva, existe uma limitação das possibilidades, pelo que Ω0 é baixo, e a informação é baixa. As seqüências aleatórias também contêm pouca informação, porque há muitas seqüências possíveis ao acaso (para Ω1 é quase tão grande quanto
    Ω0).
  32. Dawkins, Ref. , p. 115.
  33. Gitt, W., Dazzling design in miniature, Creation 20(1):6, 1997.
  34. Pode ser que tem um único exemplo até a data de obtenção de informação mediante mutação (em um contexto em que a teoria requer centenas de mutações para ser credível), porém inclusive neste caso deve entender-se com cautela. Veja creation.com/nylon
  35. Spetner, Ref. 19, pp. 131–2, 138, 143.
  36. Wieland, C., Beetle Bloopers: Even a defect can be an advantage sometimes, Creation 19(3):30, 1997; <creation.com/beetle>.
  37. Sánchez, C.P., Wünsch, S. and Lanzer, M., Identification of a Chloroquine Importer in Plasmodium falciparum: Differences in import kinetics are genetically linked with the chloroquine-resistant phenotype, J. Biol. Chem. 272(5):2652–2658, 1997.
  38. Ver Sarfati, J., Anthrax and antibiotics: Is evolution relevant? 2001–2005, <creation.com/anthrax>.
  39. Exposing Evolution's Icon: World leader on sickle-cell anemia: 'Nothing to do with evolution!' Jonathan Sarfati interviews Felix Konotey-Ahulu, Creation
    29(1):16–19, 2006.