sexta-feira, 6 de julho de 2007

A Segunda Lei da Termodinâmica e suas implicações na Teoria da Evolução

(Por: Ronaldo Xavier Pimentel Júnior)



Muito se tem debatido acerca da Segunda Lei da Termodinâmica e suas implicações na teoria da evolução. Quando argumentamos que tal lei afronta diretamente a teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin, automaticamente, escutamos a resposta pronta de que a segunda lei só é válida para um sistema fechado. Testaremos à veracidade dessa informação e verificaremos se essa é capaz de passar pelo crivo da prova cientifica.
Inicialmente gostaria de explicar o que é essa tal de Segunda Lei da Termodinâmica, e porque ela tem causado tanta polêmica. Segundo os professores Calçada e Sampaio temos o seguinte entendimento:

A Segunda Lei da Termodinâmica têm um caráter estatístico, estabelecendo que os processos naturais apresentam um sentido preferencial de ocorrência, tendendo sempre o sistema espontaneamente para um estado de equilíbrio. Na verdade, a segunda lei não estabelece, entre duas transformações possíveis que obedecem à primeira lei, qual a que certamente acontece, mas sim a que tem maior probabilidade de acontecer.[i]

Pelo conceito em si, já percebemos que não é dada à suposta devida importância ao tal sistema fechado, uma vez que, nem se quer encontramos menção a tal sistema no enunciado acima. Mas no momento devido, estaremos comentando o que seria o tal sistema fechado e qual seria a sua importância.
Gostaria de citar o entendimento dos professores Halliday, Resnick e Walker sobre a Segunda Lei da Termodinâmica:

O mundo é cheio de eventos que acontecem em uma direção mas nunca na oposta. Estamos tão acostumados com isso que os achamos “óbvios”, quando acontecem na direção “certa”, mas ficaríamos totalmente desnorteados se acontecessem no outro sentido.[ii]

O que vemos, portanto, é que temos infindáveis exemplos de aplicação da segunda lei em nosso cotidiano, pois parece que tudo ao nosso redor tende a naturalmente se desorganizar, ou seja, não é necessário um projeto para que seu quarto fique bagunçado. Naturalmente isso ocorre no decorrer do tempo, você vê que seu quarto, sua casa e tudo ao seu redor vão se desorganizando, isso é algo extremamente comum e natural, ainda que o seu quarto e a sua casa não sejam a rigor um sistema fechado. Mas talvez alguém diga: “Será possível que em determinado momento, no decorrer do dia meu quarto fique mais organizado?”. A resposta para essa pergunta é sim, é possível, mas é altamente improvável, uma vez que, a desordem naturalmente prevalece sobre a ordem.
A segunda lei, portanto, trata também da probabilidade de um evento ocorrer, ou seja, como no universo existe uma preferência natural de certos eventos em detrimento de outros, tal assimetria aponta no sentido da ordem para desordem, de forma que, o entendimento mais amplo da segunda lei é que os sistemas tendem a se desorganizarem, tal bagunça, daqui por diante, denotaremos de entropia.
O que vemos na prática é que, quando queremos organizar um sistema, é necessário que um agente externo forneça energia na forma de trabalho a fim de diminuir sua entropia, ou seja, se você quiser seu quarto ou casa organizados, você (agente externo ao sistema) terá de trabalhar, e trabalhar muito, para organizar as coisas, ao final de tudo verá que gastou mais energia para organizar do que o seu quarto gastou para desorganizar-se, uma vez que, grande parte da energia gasta na organização acaba por se degradar.
Temos que ressaltar que todo o entendimento da segunda lei é estatístico, baseado em probabilidade, ou seja, existem eventos que estatisticamente são mais prováveis de ocorrer, seja a nível macroscópico ou microscópico.
Para que fique totalmente claro, essa questão de probabilidade, veremos alguns exemplos de eventos que ocorrem constantemente, e eventos que provavelmente não irão ocorrer:
I – Imagine que uma sala contenha dois orifícios por onde são lançadas bolinhas de borracha; por um orifício saem bolinhas vermelhas e por outro saem bolinhas azuis, veremos então as bolinhas saltitarem por todo o recinto, enquanto a sala é preenchida por tais bolinhas. Naturalmente quando o ambiente estiver totalmente cheio de bolinhas, que cena você espera encontrar, uma visão caótica onde bolinhas azuis e vermelhas estão misturadas ou bolinhas azuis e vermelhas bem separadas uma das outras? É muito mais provável que você encontre uma verdadeira bagunça. Por que é mais provável? Porque a desordem tende a prevalecer em relação à ordem, ou seja, o número de configurações possíveis em que a desordem prevalece é muito maior do que aquelas que a ordem prevalece, ou seja, os sistemas tendem naturalmente a ficarem caóticos e menos complexos.
II – Quando você solta um ovo no chão, esse que tinha uma estrutura organizada se quebra, aumentando a sua entropia ou desordem. Isso me parece uma cena normal e cotidiana, afinal quem nunca deixou um ovo cair no chão e sujar toda a casa? Mas será que podemos encontrar uma cena invertida, como aquela em que rebobinamos uma fita de VHS ou um DVD, ou seja, será que veremos aquele ovo quebrado no chão voltar a se juntar e compor um ovo como o era antes? Impossível? Talvez alguém ache que não, mas certamente é algo altamente improvável, e quando falo altamente improvável é um evento que simplesmente não veríamos acontecer.
III – Se temos um avião estacionado em uma pista de pouso, e esse é atingido por um forte ciclone que simplesmente o despedaça, não acharíamos isso algo espantoso, uma vez que, é uma coisa extremamente razoável de se crer. Mas se eu dissesse que logo após esse furacão veio um outro mais forte que remontou todo o avião, com certeza ninguém cairia nessa, uma vez que, o segundo evento segundo a Segunda Lei da Termodinâmica, apesar de não ser considerado impossível (probabilidade igual a zero), é algo extremamente improvável, tão improvável que simplesmente não ocorre.
Poderíamos citar aqui dezenas de outros exemplos, mas acredito que esses são bastante elucidativos. Agora, por que a lei recebe esse nome de Segunda Lei da Termodinâmica? Afinal o que essa história de ordem e desordem tem a ver com termologia?
Apesar de sua enorme abrangência, sendo proposta por vários nomes da ciência, homens como Kelvin, Clausius, Planck, Ostwald e Carnot, a lei ganharia a sua devida importância no campo da termodinâmica, haja vista nos mostrar duas coisas bastante simples:
i – O calor propaga-se naturalmente de uma região de maior para uma de menor temperatura.[iii]
ii – É impossível a construção de uma máquina térmica que, operando ciclicamente, tenha como único efeito retirar calor de um sistema e convertê-lo integralmente em energia mecânica (trabalho).
Agora eu pergunto aos defensores do exclusivismo do sistema fechado, será que não encontraremos, no dia a dia, o calor indo do quente para o frio? Ou será que pelo fato da Terra não ser um sistema fechado, encontraremos o calor indo do frio para o quente? Queremos demonstrar que entendemos a importância do sistema fechado, mas não concordamos com esse exclusivismo absurdo de que a lei só funcione em sistema fechados, uma vez que, a contemplamos cotidianamente.
Para que fique bem claro, não estou dizendo que em um sistema aberto não encontramos redução de entropia, pois pode ter certeza que encontramos, agora tal redução jamais pode ser comparada a complexidade da formação da vida, ainda que unicelular, por obra do simples acaso.
Na prática isso é muito fácil de vermos, não podemos construir um carro que converta integralmente calor em trabalho, mas é fácil (natural) convertemos trabalho em calor, é o que acontece por exemplo quando esfregamos as nossas mãos, convertemos energia mecânica em calor facilmente, agora inverter o sistema, fazer com que o calor ponha nossas mãos em movimento, já não é algo tão simples, como nos mostra mais uma vez os professores Calçada e Sampaio:

As energias mecânica, elétrica, química, nuclear, etc., tendem a se “degradar”, espontaneamente e integralmente em calor. No entanto a conversão inversa, de calor em energia mecânica, por exemplo, é, como veremos, difícil e nunca integral.[iv]

A lei nos mostra, portanto, que a ordem é possível, mas requer o que nós entendemos como degradação de energia muito grande. Veja, quando queremos aquecer um ambiente essa tarefa nos parece fácil, ocorre rapidamente e consome pouca energia se comparada com o processo inverso, por isso, que ar condicionado gasta tanta energia elétrica. Ou seja, o processo inverso ocorre, mas para que a desordem, o caos, se torne ordem, ou seja, para um estado de agitação térmica maior (maior temperatura) tornar-se um estado de menor agitação térmica (menor temperatura), é necessário que um trabalho seja realizado sobre o sistema, o trabalho deve ser realizado por um agente externo, que nesse caso é o compressor do ar condicionado, que faz todo o serviço à custa de uma enorme quantidade de energia elétrica. Então, agora vamos pensar um pouco, será que o ar condicionado violou a Segunda Lei da Termodinâmica? Sabemos que não, contudo não acharemos ar condicionados surgindo pelo acaso, são obras de mãos humanas inteligentes que desenvolveram o projeto.
E o Sol? Não poderia fornecer energia para o surgimento da vida, e a consequente redução da entropia? Sim, e o Sol o faz, mas o que vemos é vida surgindo de vida e não vida surgindo de não vida. O que estamos afirmando com isso é que a energia Solar é suficiente para manter a vida e não para criá-la da matéria morta, e a maior prova disso é que, quando olhamos para o sistema solar ou até pra fora dele, simplesmente não encontramos nenhum tipo de forma de vida, nada, zero, apesar do Sol está fornecendo energia para os outros planetas. Se fosse algo assim tão simples como querem os evolucionistas, estaríamos encontrando vida em todo o sistema solar, mas porque não encontramos? Simplesmente porque a segunda lei, continua atuando mesmo com a presença do Sol. Mas será que a energia proveniente do Sol não seria suficiente para permitir o teste de combinações que possibilitassem o surgimento da vida? Para respondermos essa pergunta vamos falar de algo que nem de longe é vida, mas está relacionada com ela, vamos falar sobre a “simples” hemoglobina segundo as palavras do cientista Issac Asimov:

Existem 135 x 10^165 possíveis combinações para a hemoglobina. Para se realizar as combinações necessárias seria consumida a energia e a matéria de 10 sextilhões de universos por segundo, durante 10 trilhões de trilhões de anos para se produzir as combinações de hemoglobina, por acaso.[v]

Portanto, os criacionistas têm consciência de que a Terra é um sistema aberto, de que é possível então uma redução da entropia, mas que tais reduções estão a anos-luz de distância do que seria necessário para o surgimento da vida ao acaso.
Agora eu pergunto, onde é que achamos um sistema fechado? Tal sistema simplesmente não pode ser criado materialmente, portando posso afirmar categoricamente que tal sistema fechado não existe, uma vez que, não posso isolar absolutamente uma região do espaço da influência de todas as formas de energia. Então, se esse sistema fechado não existe, como foi que descobriram a Segunda Lei da Termodinâmica, uma vez que, é necessário que, para que um conceito se torne lei tenhamos sua constatação e observação empírica? É aquela história, é ver pra crer. Destarte, claramente se vê, que a Segunda Lei não é algo que absolutamente só seja plausível na presença de um sistema fechado, ao contrário, vemos a segunda lei atuando constantemente nas coisas, como vemos nas palavras dos ilustres professores Halliday, Resnick e Walker:

Uma lei da física é simplesmente uma afirmativa – em forma de palavras, como a segunda lei da termodinâmica ou em forma de equação, como a lei de Newton para a gravitação – que resume os resultados da experiência e da observação para uma certa faixa de fenômenos físicos. Como “verdade” é um conceito bastante abstrato, com uma enorme carga de conceitos filosóficos e éticos, os físicos raramente dizem quando se referem a uma lei: “Ela é verdadeira?” A pergunta quase sempre feita é muito mais específica e sua resposta é muito mais fácil: “Os resultados previstos por essa lei concordam com a experiência?”[vi]

Sim, nossos resultados concordam com a experiência, não vemos a vida surgir por acaso, mas vemos a vida surgir da vida como já previa a lei da biogênese de autoria de Louis Pasteur, que derrubou a falsa ideia evolucionista da geração espontânea. Vemos na Segunda Lei da Termodinâmica um obstáculo instransponível para os evolucionistas, ainda que, esses usem dos seus sofismas ao afirmar que a mesma só é válida para sistemas fechados.
E prosseguem os professores supracitados:

Talvez o fato mais impressionante sobre as leis físicas seja que eles existem e têm formas tão simples. O fato de que domínios tão vastos da experiência possam ser resumidos numa única sentença ou numa única equação continua deixando maravilhados todos os que pensam com clareza. Mas uma vez Einstein colocou a questão de maneira correta, quando afirmou que “a coisa mais incompreensível acerca do Universo é que ele é compreensível”.[vii]

Um universo explicável, é a maior prova da existência de um criador, e não simplesmente uma bagunça generalizada, obra de uma explosão, uma vez que as leis físicas não são criadas e sim descobertas.
Agora, por que se idealizou o chamado sistema fechado? Para que possamos criar um modelo matemático com resultados precisos, ou seja, queremos evitar que agentes externos interfiram no resultado específico. Só que, quando a interferência é muito pequena, ou o que denotaríamos de desprezível, o resultado no caso concreto é muito próximo do resultado em um sistema ideal, que seria o chamado sistema fechado.
Queremos mostrar com isso que não é necessário a presença de um sistema fechado para contemplarmos a lei funcionando, ou seja, numa comparação simplista, sabemos que a aceleração da gravidade é de aproximadamente 9,78 m/s^2 no vácuo, se considerarmos os efeitos do ar em um corpo de pequena área, ou seja, quando deixamos um prego cair, ainda que seja no ar, encontraremos um resultado muito próximo do ideal, pois, no caso em tela, o ar interfere muito pouco.
Então, o que tudo isso tem a ver com a teoria da evolução? O fato é que a teoria da evolução propõe que um sistema caótico, teve sua entropia reduzida a ponto de que as moléculas se organizaram e formaram uma célula, e daí por diante. A vida teria se iniciado a partir dos seres unicelulares. Essa seria então uma das primícias da teoria da evolução, ou seja, a vida unicelular (algo extremamente complexo) teria se originado da desordem, do caos. Pergunto, isso é impossível? Não em um sentido matemático, mas é algo extremamente improvável. Lembra da história do ovo quebrado que se conserta sozinho? Tal impossibilidade é conhecida no meio acadêmico, e aqui, citaremos diversos exemplos, situações não ditas criadas mim, mas pelos maiores defensores do ceticismo, ou ateísmo, como queiram.
Começaremos pelo cientista evolucionista Paul Davies, que admite que a possibilidade de fazer as proteínas da vida por recombinação casual, será semelhante a alguém imaginando que seja possível construir uma casa explodindo dinamite embaixo de um caminhão de tijolos! Num artigo da revista New Scientist, ele disse:

Agora conhecemos que o segredo da vida não consiste somente nos ingredientes químicos, porém, na estrutura lógica e no arranjo específico das moléculas [...]. Como um supercomputador, a vida é um sistema de processamento de informação.[viii]

Vejamos o que nos diz o ganhador do prêmio Nobel de Medicina Dr. Francis Crick:

Um homem sincero, armado com todo conhecimento de que dispomos agora, só poderia afirmar que, num certo sentido, a origem da vida parece no momento ser quase um milagre, tantas são as condições que teriam que ser satisfeitas para fazê-las existir.[ix]

E por que não falarmos do pai do ceticismo moderno, Carl Sagan, que arrebatou multidões em sua aclamada série Cosmos. Segundo Sagan, a possibilidade do homem ter evoluído é de aproximadamente 1 em 10^2.000.000.000.[x] Se fossemos escrever esse número por extenso seria preciso o equivalente a 20.000 livros de 100 páginas. Tal probabilidade nos mostra que tal evento simplesmente não ocorreu, fere os princípios básicos da segunda lei, a possibilidade de tal organização a partir da desordem é algo que simplesmente não pode ser concebido. Impossível? Não, mas altamente improvável.
Para tratarmos dessa questão de probabilidade, e para que entendamos o que representa tais potências num sentido prático, faremos uso da chamada Lei de Borel, que nos mostra que, estatisticamente, um evento cuja probabilidade esteja abaixo de 1 chance em 10^50 simplesmente não ocorre. Ora se 10^50 não ocorre[xi], então o que dizer do 10^2.000.000.000. Fatidicamente Sagan, assassinara, portanto, a teoria da evolução de uma vez por todas.
Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na evolução e na seleção natural. Como muitos outros cientistas, ele calculou que era algo inconcebível, porque a probabilidade de um processo, ao acaso, realizar isso é virtualmente zero, como vemos:

Não há probabilidade (10^1000) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda que se mantivesse [...]. Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia.
Alguns evolucionistas tentam argumentar que, em virtude do processo ser gradual, não seria estranho que uma série de impossibilidades se acumulasse no decorrer do tempo, o fato é que o espaço entre uma possibilidade e outra não é infinitesimal, uma vez que, para cada passo seguinte temos que esperar um verdadeiro milagre estatístico. E não é só o evento ocorrer, mas ele se manter para possibilitar o evento seguinte, uma vez que, eles são interdependentes, ou seja, quando se calcula uma probabilidade para um evento final como o surgimento da vida pelo acaso, se faz necessário que uma série de eventos, consecutivos e ordenados, ocorra de uma maneira lógica a fim de gerar uma “simples” vida unicelular.
Talvez alguém até pense que esse número (1 chance em 10^1000), não seja lá uma possibilidade muito pequena como acredita Schutzenberger, mas vamos dar um exemplo para esclarecer. Para se ganha na Mega-sena, temos uma possibilidade na ordem de 10^10, perceba que as pessoas ganham nesse jogo de azar, uma vez que, não há violação da lei de Borel (10^50). Vamos dar um outro exemplo, mais extremo. Quanto tempo (em anos) uma ameba gastaria para transportar todos os átomos, um de cada vez, de 600.000 trilhões, de trilhões, de trilhões, de trilhões de universos do tamanho do nosso, de uma ponta a outra do universo, considerando que o universo tem um diâmetro de 30 bilhões de anos luz? A resposta é que essa ameba gastaria 10^171 anos para realizar essa tarefa, mas perceba que esse valor nem seque arranha 10^1000.
Perguntamos novamente, como podemos crer em algo cujas chances são de 1 em 10^1000 ou até 1 em 10^2.000.000.000?
O fato da Teoria da Evolução simplesmente não elucidar a origem da vida, a partir da matéria não viva, torna-á tão improvável, e absurda, que os evolucionistas admitem descaradamente. Tomarei como exemplo a última publicação da revista Super Interessante, que trazia como matéria de capa “Darwin o homem que matou Deus”. Veremos o que a própria revista afirmou:

Era uma molé­cula capaz de se replicar, de sugar maté­ria orgânica do ambiente e usar como matéria-prima para produzir cópias dela mesma. Motivo? Nenhum: ela fazia répli­cas por fazer e pronto. Vai entender...[xii]

E é assim que a ciência evolucionista é feita, com frases dogmáticas como vemos acima “ela fazia répli­cas por fazer e pronto”, mas se você caro leitor achou isso pouco, o que dizer da próxima afirmação:

Essa aparição foi algo tão improvável quanto se esta revista (que também é fei­ta de cadeias de carbono) comesse seus dedos agora e, a partir dos átomos da sua carne, pele e ossos, construísse uma có­pia dela mesma. Improvável, mas foi exatamente o que aconteceu naquele dia.[xiii]

A questão toda é, até quando aceitaremos esse tipo de ciência? Acusar os criacionistas de usar a fé, e pedir para que acreditemos em algo como o escrito acima é no mínimo ridículo.
Por isso, nós podemos afirmar categoricamente, que em conformidade com a Segunda Lei da Termodinâmica, certos eventos simplesmente não ocorrem, e o surgimento da vida por acaso é um deles. E vimos também, que não é só o fato da Terra ser um sistema aberto que a torna imune a segunda lei, ou que, o fato de um sistema aberto ser mais favorável a redução da entropia não quer dizer que, necessariamente, a redução da entropia venha a ocorrer. Ou ainda, não é só ter energia disponível, mas é como a energia é utilizada no processo, como afirmam Simpson e Beck:

(…) o simples fornecimento de energia não é suficiente para desenvolver e manter a ordem. Um touro em uma loja de porcelana executa trabalho, mas ele nem cria nem mantém organização. O trabalho necessário é um trabalho específico; tem que seguir especificações; requer informação em como proceder.[xiv]

Não quis aqui esgotar o tema, mas demonstrar as suas implicações em decorrência ao modelo que propõe  o surgimento da vida por acaso. E reafirmar a posição de que, a Segunda Lei da Termodinâmica interfere sim, e é, ainda que alguns evolucionistas não sejam sinceros para admitir, um problema à Teoria da Evolução.
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Notas:

[i] CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Termologia, fluidomecânica, análise dimensional. São Paulo: Atual, 1998. p.294
[ii] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física 2: Gravitação, ondas e termodinâmica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. p.237-238.
[iii] Entendemos naturalmente como espontaneamente, ou seja, de uma maneira não forçada.
[iv] CALÇADA, op. cit., p.295
[v] ASIMOV, Issac. The genetic code.
[vi] HALLIDAY, op. cit., p.255.
[vii] HALLIDAY, loc. cit.
[viii] DAVIES, Paul. Life Force, New Scientist, 163 (2204): 27-30. 18 de Setembro, 1999.
[ix] CRICK, Francis. Life itself: Its Origin and Nature. Nova Iorque: Simon & Schuster, 1981. p. 88.
[x] SAGAN, Carl; CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press. p. 46.
[xi] BOREL, Emile. Probabilities and Life. Nova Iorque: Dover, 1962.
[xii] SUPER INTERESSANTE. Abril, n.240, junho de 2007. p. 64.
[xiii] Ibid.
[xiv] SIMPSON, George. G; BECK, William. Life: An introduction to biology. 2. ed. New York: Harcourt, Brace, e World Pub. Co, 1965. p. 466.

15 comentários:

Anônimo disse...

Grande texto, meu caro.
Meus votos de congratulações pela obra de mérito ímpar e pelos conceitos abordados de forma evidente e clara (ou melhor, cristalina). A prudência do trabalho nos leva à uma reflexão bem ampla do assunto, é olhar pra si e examinar o próprio conteúdo por meio do entendimento e questionar-se se seriamos resultado de uma probabilidade de ordem 10^2.000.000.000. O debate há de ser base para infindos estudos mais concretos.
Abraços

Anônimo disse...

mais um cria lunático que coloca seus devaneios num blog...

Anônimo disse...

A Segunda Lei da Termodinâmica e suas implicações na Teoria da Evolução
(Por: Ronaldo Xavier Pimentel Júnior)

[Analisando seu artigo, percebi uma série de impropriedades no que se refere aos termos científicos utilizados. Meus comentários seguem entre colchetes:]

Muito se tem debatido acerca da Segunda Lei da Termodinâmica e suas implicações na teoria da evolução. Quando argumentamos que tal lei afronta diretamente a teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin automaticamente escutamos a resposta pronta de que a segunda lei só é válida para um sistema fechado, testaremos à veracidade dessa informação e verificaremos se essa é capaz de passar pelo crivo da prova cientifica.

Inicialmente gostaria de explicar o que é essa tal de Segunda Lei da Termodinâmica e porque ela tem causado tanta polêmica; segundo os professores Calçada e Sampaio temos o seguinte entendimento:

A Segunda Lei da Termodinâmica têm um caráter estatístico, estabelecendo que os processos naturais apresentam um sentido preferencial de ocorrência, tendendo sempre o sistema espontaneamente para um estado de equilíbrio. Na verdade, a segunda lei não estabelece, entre duas transformações possíveis que obedecem à primeira lei, qual a que certamente acontece, mas sim a que tem maior probabilidade de acontecer.[i]


Pelo conceito em si já percebemos que não é dada à suposta devida importância ao tal sistema fechado, uma vez que nem se quer encontramos menção a tal sistema no enunciado acima. Mas no momento devido estaremos comentando o que seria o tal sistema fechado e qual seria a sua importância.

[Errado! Na natureza há processos reversíveis e irreversíveis. A entropia mede o grau de reversibilidade de um processo e a probabilidade de determinado fenômeno ocorrer.

Na maioria dos sistemas, a entropia tende a aumentar com o passar do tempo. Isto é baseado no fato de que há uma quantidade limitada de energia livre em qualquer sistema fechado, e uma vez que uma energia é usada para fazer trabalho (e deste modo produzir ordem) torna-se inacessível para qualquer trabalho futuro (e portanto a ordem produzida tende a colapsar com o passar do tempo).

Posso usar energia para fazer trabalho e construir uma casa, por exemplo. Mas uma vez que a energia é consumida, a casa começará a se deteriorar e sucumbirá em desordem -- a não ser que eu continue gastando mais energia livre para mantê-la em pé.

Na ausência de energia livre adicional, a casa eventualmente colapsará. E a menos que eu adicione energia ao sistema através da realização de mais trabalho, os pedaços colapsados nunca serão reunidos novamente. O sistema sempre tende na direção da desordem, não do aumento da ordem. E este aumento da desordem ou entropia é a essência da Segunda Lei. ]


Gostaria de citar o entendimento dos professores Halliday, Resnick e Walker sobre a Segunda Lei da Termodinâmica:


O mundo é cheio de eventos que acontecem em uma direção mas nunca na oposta. Estamos tão acostumados com isso que os achamos “óbvios”, quando acontecem na direção “certa”, mas ficaríamos totalmente desnorteados se acontecessem no outro sentido.[ii]


O que vemos portanto é que temos infindáveis exemplos de aplicação da segunda lei em nosso cotidiano, pois parece que tudo ao nosso redor tende a naturalmente se desorganizar, ou seja, não é necessário um projeto para que seu quarto fique bagunçado, naturalmente isso ocorre, no decorrer do tempo você vê que seu quarto, sua casa e tudo ao seu redor vão se desorganizando, isso é algo extremamente comum e natural, ainda que o seu quarto e a sua casa não sejam a rigor um sistema fechado. Mas talvez alguém diga: “Será possível que em determinado momento, no decorrer do dia meu quarto fique mais organizado?”. A resposta para essa pergunta é: Sim, é possível mas é altamente improvável, uma vez que a desordem naturalmente prevalece sobre a ordem.

[O que vc concebe por ordem ou desordem? Cada estado dentro do “quarto desarrumado” tem a mesma probabilidade de ocorrer.

Por exemplo:

Sejam bolas os números: 1,2,3,4,5,6 nelas impressos. Qual a probabilidade de que tiremos as bolas nesta seqüência? É exatamente a mesma de retirarmos 4,2,5,1,6,3, ou seja: 1/6!. Aos nossos olhos a seqüência 2 parece a mais provável, mas não o é.]

A segunda lei portanto trata também da probabilidade de um evento ocorrer, ou seja, como no universo existe uma preferência natural de certos eventos em detrimento de outros, tal assimetria aponta no sentido da ordem para desordem, de forma que o entendimento mais amplo da segunda lei é que os sistemas tendem a se desorganizarem, tal bagunça, daqui por diante denotaremos de entropia.
[Isso vale para sistemas fechados, ou seja, aqueles que não recebem energia adicional do exterior para transformá-la em trabalho e assim caminhar em sentido inverso. Quando o sistema não tem mais energia para realizar trabalho certamente colapsará no vulgarmente conhecido por desordem.]

O que vemos na prática é que quando queremos organizar um sistema, é necessário que um agente externo forneça energia na forma de trabalho a fim de diminuir a entropia do sistema, ou seja, se você quiser seu quarto ou casa organizados, você (agente externo ao sistema) terá de trabalhar, e trabalhar muito, para organizar as coisas, ao final de tudo verá que gastou mais energia para organizar do que o seu quarto gastou para desorganizar-se, uma vez que grande parte da energia gasta na organização acaba por se degradar.
Temos que ressaltar que todo o entendimento da segunda lei é estatístico, baseado em probabilidade, ou seja, existem eventos que estatisticamente são mais prováveis de ocorrer, seja a nível macroscópico ou microscópico.

[Isso é óbvio. O evento de numa sala o ar se separar em Oxigênio, Nitrogênio, Hidrogênio, Argônio, Kriptônio, Gás carbônico e demais gases em cantos distintos desta sala existe, mas é altamente improvável, se o esperarmos que ocorra naturalmente. Todavia, se realizarmos trabalho o quadro muda, reduziremos a entropia deste ambiente e aumentaremos a do exterior.]

Para que fique totalmente claro, essa questão de probabilidade, veremos alguns exemplos de eventos que ocorrem constantemente, e eventos que provavelmente não irão ocorrer:

I – Imagine que uma sala contenha dois orifícios por onde são lançadas bolinhas de borracha; por um orifício saem bolinhas vermelhas e por outro saem bolinhas azuis, veremos então as bolinhas saltitarem por todo o recinto enquanto a sala é preenchida por tais bolinhas. Naturalmente quando o ambiente estiver totalmente cheio de bolinhas, que cena você espera encontrar? Uma visão caótica onde bolinhas azuis e vermelhas estão misturadas, ou bolinhas azuis e vermelhas bem separadas uma das outras? É muito mais provável que você encontre uma verdadeira bagunça. Por que é mais provável? Porque a desordem tende a prevalecer em relação à ordem, ou seja, o número de configurações possíveis em que a desordem prevalece é muito maior do que aquelas que a ordem prevalece, ou seja, os sistemas tendem naturalmente a ficarem caóticos e menos complexos.

[Caso tenhamos 4 bolas azuis e 4 vermelhas, qual a probabilidade de que tiremos as 4 bolas azuis de nossa urna?

O evento será AAAA.

P= (4/8)*(3/7)*(2/6)*(1/5)

E de que saiam 2 azuis e 2 vermelhas (não interessa a ordem)?

Os eventos são:
AAVV, AVAV, AVVA, VAVA, VAAV, VVAA;

Logo: P = 6*(4/8)*(3/7)*(4/6)*(3/5)

Tal dedução advém do triangulo de Pascal, o qual é a demonstração conjunta das regras do “e” e do “ou” no campo das probabilidades.

Certamente o segundo estado é bem mais provável que o primeiro, embora as probabilidades de retirarmos as bolas sejam idênticas.]

II – Quando você solta um ovo no chão, esse que tinha uma estrutura organizada se quebra, aumentando a sua entropia ou desordem. Isso me parece uma cena normal e cotidiana, afinal quem nunca deixou um ovo cair no chão e sujar toda a casa? Mas será que podemos encontrar uma cena invertida, como aquela em que rebobinamos uma fita de VHS ou um DVD, ou seja, será que veremos aquele ovo quebrado no chão voltar a se juntar e compor um ovo como o era antes? Impossível? Talvez alguém ache que não, mas certamente é algo altamente improvável, e quando falo altamente improvável é um evento que simplesmente não veríamos acontecer.

[Este é um evento que mesmo realizando trabalho não poderá ser invertido (reconstruir o ovo), exceto se nos valermos de reações metabólicas de uma galinha.

Nossa galinha, ao comer este ovo numa prática de canibalismo infantil, realizará uma série de reações químicas e bioquímicas que gerarão trabalho.

Estas reações culminarão em outro ovo. A galinha é um sistema aberto e, portanto, recebe energia de fora por meio de alimentos que não a fazem degradar e morrer e lhe propiciam inclusive reorganizar átomos e moléculas para que coloque um ovo. Acho que resolvi o seu sofisma.

Seria o poder de Deus? Negativo! A esse tipo de evento que propiciam essa reconstrução do ovo, denominamos reações acopladas (veremos adiante). ]


III – Se temos um avião estacionado em uma pista de pouso e esse é atingido por um forte ciclone que simplesmente o despedaça, não acharíamos isso algo espantoso, uma vez que é uma coisa extremamente razoável de se crer. Mas se eu dissesse que logo após esse furacão veio um outro mais forte que remontou todo o avião, com certeza ninguém cairia nessa, uma vez que o segundo evento segunda a Segunda Lei da Termodinâmica apesar de não ser considerado impossível (probabilidade igual a zero) é algo extremamente improvável, tão improvável que simplesmente não ocorre.

[Os estados para que outro ciclone remonte o avião ou disponha suas peças conforme o que queremos são altamente improváveis. O ciclone realizou trabalho ao destruir o sistema avião e novo ciclone realizará mais trabalho para rearranjar as peças sob outra forma.

Mas para se construir um avião o meio externo realiza trabalho para que o sistema “avião” se organize, aumentando a entropia do meio externo e reduzindo a do sistema “avião”.]

Poderíamos citar aqui dezenas de outros exemplos mas acredito que esses são bastante elucidativos. Agora porque a lei recebe esse nome de Segunda Lei da Termodinâmica? Afinal o que essa história de ordem e desordem tem a ver com termologia?

Apesar de sua enorme abrangência como vimos acima, uma vez que vários cientistas propuseram enunciados para a lei como Kelvin, Clausius, Planck, Ostwald e Carnot, a lei ganharia a sua devida importância no campo da termodinâmica, uma vez que nos mostra duas coisas bastante simples:

i – O calor propaga-se naturalmente de uma região de maior para uma de menor temperatura.[iii]

[Desde que não haja trabalho externo (geladeira).]

ii – É impossível a construção de uma máquina térmica que, operando ciclicamente, tenha como único efeito retirar calor de um sistema e converte-lo integralmente em energia mecânica (trabalho).

[Correto, é o que ocorre com um carro. Energia química da gasolina, grosso modo, se converte em calor, energia sonora e de movimento.]

Agora eu pergunto aos defensores do exclusivismo do sistema fechado, será que não encontraremos no dia a dia o calor indo do quente para o frio?

[No sistema aberto sim. O seu corpo faz isso ao regular sua temperatura. Vc não morre de calor e nem de frio. Das duas formas queimamos energia para sobreviver. Se não formos alimentados morreremos, pois nosso corpo entrará em colapso.]

Ou será que pelo fato da Terra não ser um sistema fechado, encontraremos o calor indo do frio para o quente?

[No sistema fechado não. Ex. único sistema fechado a ser considerado é o universo, mas suas propriedades vão muito além da termodinâmica.]

Queremos demonstrar que entendemos a importância do sistema fechado, mas não concordamos com esse exclusivismo absurdo de que a lei só funcione em sistema fechados, uma vez que a contemplamos cotidianamente.

[Como todo bom criacionista, VC não concorda com o comportamento da natureza que seja contrário as suas crenças. Mas infelizmente é assim que ela funciona.

A entropia, no que se refere á degradação de sistemas, vale apenas para sistemas fechados, uma vez que estes não recebem energia do meio externo (será que consigo faze-lo entender isso).]

Para que fique bem claro, não estou dizendo que em um sistema aberto não encontramos redução de entropia, pois pode ter certeza que encontramos, agora tal redução jamais pode ser comparada a complexidade da formação da vida, ainda que unicelular, por obra do simples acaso.

[Acaso formando a vida... Teoria da abiogênese igual à teoria da evolução...sai dessa Ronaldo. Isso é uma grande besteira que criacionistas misturam para confundir leigos.

De início, origem da vida nada tem a ver com teoria da evolução que se trata de como as espécies (não vida... espécies) surgem e se diversificam se adaptando ao meio em que vivem.

A partir de que algo que possa ser considerado como vivo tenha surgido passamos à seleção natural.

Nenhuma reação química se dá por acaso. Existem muitas propriedades atômicas para que elas ocorram. Isso até um estudante de nível médio sabe.


Há ainda catalisadores e condições como pressão, temperatura e quantidade de reagentes e produtos, tema estudado em cinética química, princípio de Le Chatelier.

Numa terra pré-biótica as condições eram extremas. Não pense em seres com DNA como os de hoje, mas em DNA primordial, muito mais simples do que temos hoje.

Um novo capítulo que está sendo estudado para explicar a origem da vida é a teoria dos hiper-ciclos de Günther Wächtershäuser. Parte destes hiper-ciclos já foi desvendada.

Assim, a vida pode ter surgido de forma bem mais simples que a conhecemos hoje. Basta que o hiper-ciclo capte energia do meio, através de uma membrana, que muito bem poderia ser feita de compostos ferrosos, cresça e se reproduza para ser considerado como vida.

A partir daí, entra em ação a seleção natural, que manterá os melhor adaptados ao meio em seu curso de sobrevivência.

Ao captar energia do meio, o organismo ou hiper-ciclo realiza reações metabólicas (as reações acopladas) a fim de produzir trabalho, sobreviver e mesmo evoluir, exatamente como a vida funciona hoje.

Sob a perspectiva que trata a segunda lei (que é totalmente equivocada), não estaríamos aqui conversando sobre isso, pois não existiríamos.]


Na prática isso é muito fácil de vermos, não podemos construir um carro que converta integralmente calor em trabalho, mas é fácil (natural) convertemos trabalho em calor, é o que acontece por exemplo quando esfregamos as nossas mãos, convertemos energia mecânica em calor facilmente, agora inverter o sistema, fazer com que o calor ponha nossas mãos em movimento, já não é algo tão simples, como nos mostra mais uma vez os professores Calçada e Sampaio:

As energias mecânica, elétrica, química, nuclear, etc., tendem a se “degradar”, espontaneamente e integralmente em calor. No entanto a conversão inversa, de calor em energia mecânica, por exemplo, é, como veremos, difícil e nunca integral.[iv]

[Calor é a forma mais degradada da energia, a qual ocorrerá dentro de um sistema fechado. Caso um sub-sistema aberto não mais seja alimentado pelo exterior ou por outros sub-sistemas colapsará, tendo toda sua energia sido degradada em calor.

O calor escapa para o meio externo ao sistema, por exemplo, uma televisão converte energia elétrica em sonora, luminosa (que também se converterão em calor) e calor, mas nosso corpo ao captar a energia luminosa, sonora e calor as converte em energia elétrica que leva a mensagem ao nosso cérebro.

Isso se dá porque realizamos reações metabólicas, que demandam muito trabalho a partir de energia que captamos do meio externo.]


A lei nos mostra portanto que a ordem é possível, mas requer o que nós entendemos como degradação de energia muito grande. Veja, quando queremos aquecer um ambiente essa tarefa nos parece fácil, ocorre rapidamente e consome pouca energia se comparada com o processo inverso, por isso que ar condicionado gasta tanta energia elétrica, uma vez que para tirarmos 100 joules de calor do ambiente teremos que gastar pelo menos uns 300 joules de energia, ou seja, o processo inverso ocorre, mas para que a desordem, o caos se torne ordem, ou seja, para um estado de agitação térmica maior (maior temperatura) tornar-se um estado de menor agitação térmica (menor temperatura), é necessário que um trabalho seja realizado sobre o sistema, o trabalho deve ser realizado por um agente externo, que nesse caso é o compressor do ar condicionado que faz todo o trabalho, a custa de uma enorme quantidade de energia elétrica.

Então agora vamos pensar um pouco, será que o ar condicionado violou a Segunda Lei da Termodinâmica? Sabemos que não, contudo não acharemos ar condicionados surgindo pelo acaso, são obras de mãos humanas inteligentes que desenvolveram o projeto.

[Tal argumento é infantil. O ar condicionado reduz a entropia do subsistema aberto denominado casa, mas aumenta a do sistema como um todo. Não dê este ar de DI a seus argumentos tentando induzir que apenas alguma coisa inteligente poderia realizar uma redução de entropia.

Um pé de feijão consegue fazer isso muito bem por meio de suas reações metabólicas e, ao que parece, não se trata de um ser inteligente.]



E o Sol? Não poderia fornecer energia para o surgimento da vida, e a conseqüente redução da entropia? Sim, e o Sol o faz, mas o que vemos é vida surgindo de vida e não vida surgindo de não vida.
O que estamos afirmando com isso é que a energia Solar é suficiente para manter a vida e não para criá-la da matéria morta, e a maior prova disso é que quando olhamos para o sistema solar ou até pra fora dele, simplesmente não encontramos nenhum tipo de forma de vida, nada, zero, apesar do Sol está fornecendo energia para os outros planetas. Se fosse algo assim tão simples como querem os evolucionistas estaríamos encontrando vida em todo o sistema solar, mas porque não encontramos?

Simplesmente porque a segunda lei, continua atuando mesmo com a presença do Sol. Mas será que a energia proveniente do Sol não seria suficiente para permitir o teste de combinações que possibilitassem o surgimento da vida? Para respondermos essa pergunta vamos falar de algo que nem de longe é vida, mas está relacionada com ela, vamos falar sobre a “simples” hemoglobina segundo as palavras do cientista Issac Asimov:


Existem 135 x 10^165 possíveis combinações para a hemoglobina. Para se realizar as combinações necessárias seria consumida a energia e a matéria de 10 sextilhões de universos por segundo, durante 10 trilhões de trilhões de anos para se produzir as combinações de hemoglobina, por acaso.[v]

[Ai, ai, ai Xavier!!!! Vida surgir de não vida... (esse é o típico erro da má retórica criacionista). A abiogênese se refere à vida surgir de matéria inerte. O que não tem vida é o que já teve e, um dia, morreu.

Não se trata de acaso, mas de reações químicas sob condições as quais sabemos muito pouco.

Uma Terra pré-biótica possuía condições que sequer conhecemos a fundo, salvo por alguns traços deixados em rochas e por analogia com outros planetas do sistema solar, pois todos foram formados pelas mesmas coisas.

Ao menos sabemos que temperaturas e pressão eram extremas, que havia tempestades colossais, vulcanismo extremo e constante bombardeamento por asteróides e cometas (estes trouxeram cerca de 70% da nossa água e provavelmente muitos compostos orgânicos).

Como disse, reações químicas não ocorrem por acaso. Isso é bem explicado pela teoria das colisões que trabalha sob três premissas:

Freqüência de choques – quanto maior essa freqüência, maior a velocidade das reações;

Energia dos choques – quanto maior, mais violentos os choques e maior a velocidade da reação;

Orientação apropriada das moléculas – depende do tamanho e forma que a molécula assume. Se propiciarem um choque que permita a quebra dos produtos mais facilmente, teremos uma reação mais veloz. Isso será discutido mais adiante no que se refere à formação de produtos quando tratarmos de estereoquímica de isômeros.

Todavia, o que interessa mesmo são os dois primeiros, os quais são influenciados por: calor, pressão, luz, concentração dos reagentes, o estado em que se encontram os reagentes (sólidos, solução pulverizados), eletricidade e catalisadores.

Desta gama de fatores, o que mais influencia a ocorrência de uma reação é a temperatura, pois aumentará a energia e a freqüência dos choques, além de ser o fator principal para fornecer uma energia de ativação (energia mínima para que as moléculas possam reagir ao se chocarem).

Mas para que uma reação seja espontânea, devemos ter uma energia de Gibbs (dG) negativa, ou seja, deverá ser exotérmica.

A equação desta energia é:

dG = dH – T dS, sendo:

dG a variação da energia de Gibbs ou saldo de energia aproveitável

dH a variação de entalpia do sistema ou energia liberada pela reação. Esta energia é dada pela diferença entre a energia interna dos produtos menos a dos reagentes (ou seja dE = Up - Ur ) mais o trabalho de expansão (positivo quando há expansão e negativo quando há contração). Logo, dH = dE + t ou Qp = Qv – t. Se dH < 0 temos uma reação exotérmica, do contrário seria endotérmica.

dS a variação da entropia do sistema

T a temperatura do sistema em graus Kelvin

TdS o trabalho que é denominado energia de organização do sistema.

Mas, boa parte das reações que ocorrem nos seres vivos são não espontâneas, ou seja, seu dG é positivo. E agora será que é o poder de Deus?

Claro que não!!! Existe uma coisinha denominada “reações acopladas”. Estas reações envolvem mais de uma reação para que determinado processo metabólico ocorra, como por exemplo malhar na academia, o que envolveria um grande aumento em dG. Tal processo está acoplado a um decréscimo de dG bem maior que o aumento o que resulta em um dG <0.

No que se refere à estereoquímica, o carbono, que é o que compõem os produtos orgânicos, possui uma estrutura tetraédrica. Isso propicia a isomeria cis-trans e a isomeria óptica. Ambos são de grande importância no estudo da química orgânica a fim de que entendamos mecanismos de reação.

No caso da isomeria cis-trans, os isômeros trans reagirão muito mais intensamente que os cis, pois seus espaços moleculares são muito maiores.

Para o caso dos isômeros ópticos, há substâncias e catalisadores que direcionam as reações químicas para um ou outro tipo de isômero.

O mesmo ocorre em sua produção. Podemos direcionar as reações de acordo com as propriedades de cada um dos isômeros. Mas seria Deus o responsável por tal engenharia? Infelizmente, ainda não!

O responsável por isso são os catalisadores e inibidores. Estas substancias são: metais, óxidos metálicos, ácidos, bases, enzimas, substancias que se oxidam ou se reduzem facilmente.

Numa terra pré biótica pobre em oxigênio, ficamos com ácidos (HCl, H2SO4, H2S, HNO3 e ácidos orgânicos) e metais (ferro tinha muito e em estado metálico, fosse nos oceanos, fosse em terra firme e combinado com enxofre (pirita).

Toda a reacao química atinge um equilíbrio químico quando a velocidade de formação de produtos e de reagentes se iguala. Dependendo das condições, conforme estabelece o princípio de Le Chatelier, a reação pode se deslocar de modo alterar sua constante de equilíbrio e aumentar sua velocidade.

Pelo princípio de Le Chatelier, quando um fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, este se desloca em busca de um novo estado de equilíbrio.

Mas seria deus esse fator de desequilíbrio? Ainda não. Eles são três:

temperatura, - se sobe desloca a reação para o lado endotérmico e vice versa.
pressão – se sobe desloca o equilíbrio para o menor volume e vice versa.
concentração de reagentes e produtos se sobe, desloca o equilíbrio para que ocorra seu consumo e vice versa.

Ora, vulcões, meteoros e raios podiam propiciar esses três fatores de deslocamento de equilíbrio. Eram fontes de uma enorme gama de moléculas (S2, H2S, CO2, H2O, O2, sulfetos, sulfatos, sulfitos, carbonatos, nitratos, etc), bem como a atmosfera que parece ter sido rica em CH4, NH3, CO2 e H2O, sob ação de raios formando aminoácidos entre outros compostos orgânicos além de nossos cometas e asteróides trazerem consigo água, metais, rochas e mais compostos orgânicos formados durante a os primórdios do Sistema Solar.

O princípio de Le Chatelier vale também para sistemas físicos (fusão, ebulição, condensação, etc).

Assim, podemos definir a entropia como a capacidade de um sistema se transformar espontaneamente, que o levará a um estado final de equilíbrio. Quanto mais afastado (termodinamicamente) estiver o estado inicial do final de equilíbrio, tanto maior a capacidade do sistema se transformar espontaneamente. O estado de equilíbrio se denomina estado de estabilidade termodinamicamente uniforme. Quanto maior essa diferença termodinâmica entre os estados inicial e final maior será sua entropia. Assim, o que nos interessa é sua variação (dS), pois é ela quem mede a diferença entre os estados inicial e final de equilíbrio do sistema, ou seja dG = 0.

O aumento de entropia no sistema como um todo, seja ele aberto ou fechado é dado a partir da idéia do ciclo de Carnot onde Q1/T1 = Q2/T2 = k = mc.

Q1/T1 + Q2/T2 = 0 e sendo a entropia uma variável de estado (dada por um ciclo, não importa o que ocorreu, importa o estado de início e o de fim), ela é dada por dS = dQ/T sendo calculada pela integral fechada do percurso que resulta em zero para sistemas onde ocorrem processos reversíveis, que não são naturais.

Para processos irreversíveis, que são os naturais, dS > dQ/T.

Entretanto, para levar processo de volta ao seu estado inicial, deve-se realizar trabalho sobre ele. Assim, o processo sofre certa degradação termodinâmica.
Esta expressão significa que o processo perde parte de sua capacidade de realizar trabalho.

A degradação termodinâmica corresponde a um desperdício de energia que, de outro modo, poderia ter sido utilizada, é comum referir-se a ela como uma degradação de energia.

A entropia é a grandeza física que dá uma medida desta degradação termodinâmica. Logo, em todos os processos irreversíveis existe, em maior ou menor grau, certa degradação termodinâmica.


Como vimos, a entropia se correlaciona a energia de Gibbs e a reversibilidade e equilíbrio de sisitemas. Não basta apenas dG < 0, para que uma reação ocorra; há que se considerar os fatores cinéticos (aqui envolvido o equilíbrio químico, estereoquímica e catálise ou inibição) para que a reação ocorra de modo mais célere.

Devemos também consideras as propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos, como potencial de ionização, volumes atômicos, eletroafinidade e eletronegatividade.

Desse modo, uma reação química que pudesse resultar em um sistema auto-suficiente não violaria de forma alguma a segunda lei da termodinâmica, uma vez que reações única e exclusivamente espontâneas se dão apenas em sistemas fechados (o único considerado sendo o universo), sendo que em sistemas abertos (a natureza) ocorrem as reações espontâneas e não espontâneas.

A hemoglobina:
Quanto à hemoglobina, esta evoluiu ao longo de milhões de anos como meio para efetuar trocas gasosas entre o organismo e o ambiente. Não foi na Terra pré-biótica que deu sua aparição.

De início quem fazia as trocas com o ambiente e o transporte era a água, fosse em archaea, bactéria ou eukaryota. Ainda hoje é assim para estes organismos.

Nas plantas a água na forma de seiva é a responsável pelo transporte de substâncias nas plantas e é quem regula os estômatos de modo a ocorrerem as trocas gasosas da planta com o ambiente.
Em animais como esponjas, celenterados vermes platielmintos e aschelmitos, ainda é a água quem faz as trocas e os transportes.

No caso de anelídeos tem-se a clorocruorina (poliquetos) e hemoglobina (esta completamente faz o sangue de minhocas) dissolvidas no plasma sanguíneo, ambas as espécies já possuem ferro na composição de seus sangues.

Os moluscos possuem hemocianina (composta por Cobre) e hemoglobina. Os artrópodes possuem a hemolinfa. Esta pode não transportar gases como nos insetos e miriápodes que é a água somente utilizada para o transposte de substâncias, ou como nos crustáceos e aracnídeos que possuem a hemocianina que faz o tranporte gasoso.

Equinodermos também se valem da água como meio de troca de substâncias.

Para os hemicordados, não há os pigmentos respiratórios, é a água quem faz os transportes. No caso dos urocordados, o sangue possui pigmento esverdeado com um átomo de vanádio.

Os cefalocordados têm sangue incolor, sendo a água o responsável pelas trocas gasosas.

Para os ciclostomados, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, o sangue contém hemoglobina como essencial agente de trocas gasosas.

Ao que parece, a hemoglobina apareceu com os anelídeos, juntamente com outros pigmentos respiratórios em animais aquáticos há uns 500 a 300 milhões de anos, sendo que o primeiro indício de ser vivo data de 3,8 bilhões de anos. Daria muito tempo para a vida aprender a realizar trocas e transportes de modo mais eficiente.

O sistema solar e a vida:

Quanto ao “Sol estar fornecendo energia para outros mundos e nada”..., isso é uma falsa analogia com a Terra. A vida, como a conhecemos, se desenvolveu sob condições que existiram exclusivamente aqui e prospera como a conhecemos porque estas são as condições para esta forma de vida.

Entretanto, se der um passeio por uma fossa abissal ou no gelo da Antártica, ou dentro de um gêiser, ou a 5 Km abaixo no solo, desde que úmido, conhecerá criaturinhas denominadas extremófilos. Não precisam do Sol, mas das condições em que vivem.

Nas fossas abissais eles nem sabem que o sol existe. Vivem do calor dos vulcões sub marinos.

Há corpos no sistema solar como Europa que parecem reunir estas condições. A gravidade de Júpiter aliada a de outros satélites como Io e Ganimedes o faz contrair e distender gerando calor interno que mantém aquecido um oceano sob 40 Km de gelo.

Não sabemos se lá tem vida, mas é um forte candidato, juntamente com a zona polar de Marte.

Assim, não encontramos vidas em outros mundos é uma afirmação um tanto duvidosa. E, como causa disso ser a atuação da segunda lei, é um erro crasso.

Não encontramos vida porque planetas como Mercúrio e Venus estão próximos demais do sol, sendo Mercúrio uma rocha inerte com temperaturas que variam ente e –200 e 400 C.

Vênus devido ao intenso vulcanismo possui uma atmosfera de CO2, pressões extremas (90 atm) e temperatura em torno de 430 C.

Marte não possui campo magnético o que levou sua atmosfera e sua água embora devido à ação de ventos solares, mas pode guardar vida em seu subsolo ou em seus pólos.

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são bolas de gás (planetas jovianos). Quanto aos seus satélites ou são quentes demais ou frios demais para que a vida se prolifere, sendo o provável santo graal Europa.

Quanto aos exoplanetas descobertos por nossa atual tecnologia, ou possuem órbitas extremamente próximas a sua estrela ou distantes ou excêntricas, além de aparentarem ser gigantes gasosos, o que não possibilita a vida como a conhecemos.

Assim, seja em Europa, seja em Marte, se considerarmos ambos como o santo graal da biologia, para a vida como a conhecemos, poderiam tê-la na forma de extremófilos, ou em Europa, ao nível de equinodermos ou peixes de fossas abissais.

Desse modo, seu conhecimento é paupérrimo ao tratar da segunda lei da termodinâmica, bem como da evolução das espécies e seus tipos de sangue, além de ser um péssimo aprendiz de astrobiólogo.

Suas argumentações me soam infantis, pois no 2 grau eu já conseguiria refutar todas as besteiras que vc escreveu até aqui.]

Portanto, os criacionistas têm consciência de que a Terra é um sistema aberto, de que é possível então uma redução da entropia, mas que tais reduções estão a anos-luz de distância do que seria necessário para o surgimento da vida ao acaso.

Agora eu pergunto, onde é que achamos um sistema fechado? Tal sistema simplesmente não pode ser criado materialmente, portando posso afirmar categoricamente que tal sistema fechado não existe, uma vez que não posso isolar absolutamente uma região do espaço da influência de todas as formas de energia. Então se esse sistema fechado não existe, como foi que descobriram a Segunda Lei da Termodinâmica, uma vez que é necessário que para que um conceito se torne lei, temos que constatar a sua observação empírica? É aquela história, é ver pra crer. Portando claramente se vê que a Segunda Lei não é algo que absolutamente só seja plausível na presença de um sistema fechado, ao contrário, vemos a segunda lei atuando constantemente nas coisas, como vemos nas palavras dos professores universitários Halliday, Resnick e Walker:

[Errado! O universo é considerado o único sistema fechado que existe, por isso terá um fim quando toda a sua energia se degradar em calor. Mas não se sabe se esse fim realmente ocorrerá ou se reunirá as propriedades para um “big crunch” e um conseqüente novo universo.]

Uma lei da física é simplesmente uma afirmativa – em forma de palavras, como a segunda lei da termodinâmica ou em forma de equação, como a lei de Newton para a gravitação – que resume os resultados da experiência e da observação para uma certa faixa de fenômenos físicos. Como “verdade” é um conceito bastante abstrato, com uma enorme carga de conceitos filosóficos e éticos, os físicos raramente dizem quando se referem a uma lei: “Ela é verdadeira?” A pergunta quase sempre feita é muito mais específica e sua resposta é muito mais fácil: “Os resultados previstos por essa lei concordam com a experiência?”[vi]


Sim, nossos resultados concordam com a experiência, não vemos a vida surgir por acaso, mas vemos a vida surgir da vida como já previa a lei da biogênese de autoria de Louis Pasteur, que derrubou a falsa idéia evolucionista da geração espontânea. Vemos na Segunda Lei da Termodinâmica um obstáculo instransponível para os evolucionistas, ainda que esses usem dos seus sofismas ao afirmar que a mesma só é válida para sistemas fechados.
E prosseguem os professores já citados:

[Errado! Geração espontânea é conceito totalmente diferente de abiogênese. A geração espontânea se referia à vida surgir, por exemplo, de espigas de milho embrulhadas em uma camisa suada resultarem em ratos.

Quanto ao conceito de abiogênese, a vida surge por meio de reações químicas, a partir de matéria inerte, sob certas condições.

O experimento de Pasteur derrubou a idéia da geração espontânea, mas não da abiogênese que surgiu por volta da década de 50, com o experimento de Urey e Miller bem depois de Pasteur.

Assim, vc comete o típico erro de criacionistas, que tem como fito iludir e confundir o leitor leigo, não sei se por má fé ou falta de desconhecimento da temática.

Quanto à segunda lei, parece que vc leu os livros e não entendeu nada. A degradação da energia de modo contínuo se dará para sistemas fechados ou para aqueles subsistemas abertos não mais alimentados pelo sistema ou por outros sub-sistemas.

Assim, parece que um obstáculo intransponível é vocês entenderem e aplicarem de forma honesta, coerente e correta os conceitos científicos.]


Talvez o fato mais impressionante sobre as leis físicas seja que eles existem e têm formas tão simples. O fato de que domínios tão vastos da experiência possam ser resumidos numa única sentença ou numa única equação continua deixando maravilhados todos os que pensam com clareza. Mas uma vez Einstein colocou a questão de maneira correta, quando afirmou que “a coisa mais incompreensível acerca do Universo é que ele é compreensível”.[vii]


Um universo explicável, é a maior prova da existência de um criador, e não simplesmente uma bagunça generalizada, obra de uma explosão, uma vez que as leis físicas não são criadas e sim descobertas.

[Errado! Chutar o problema para deuses é uma falácia do estilo sem substância. O universo é algo explicável porque ele é natural, não porque há deuses. Nossos estudos sobre ele têm em média menos de 100 anos, o que torna a astrofísica uma ciência que está engatinhando tal como a origem da vida e a evolução.

Sem considerar a interdisciplinariedade que existe nestes estudos como, por exemplo, relatividade geral e especial, física quântica, mecânica celeste, termodinâmica, gravitação, matemática pesada em seus diversos ramos (cálculo diferencial e integral, vetores, tensores, análise espinores, cálculo variacional, teoria dos grupos e dos anéis, espaços de Hilbert e Riemann, etc) no que se refere ao universo.

Aliás, big bang não se trata de explosão como vulgarmente se diz. Big bang é uma singularidade, ou seja, um ponto onde temos uma dimensão no comprimento de Planck sob uma gravidade infinita de onde jorraria matéria e energia (elemento previsto nas equações da relatividade geral de Einstein conhecido como buraco branco, sendo os outros os buracos de minhoca e os buracos negros).

O universo como conhecemos definiu suas leis como as são. Poderia ocorrer de que ao se formar o universo tomasse outro caminho e colapsasse em nova singularidade após ter nascido ou que se expandisse sem formar nada.

Após resfriar, partículas fundamentais compuseram outras partículas como prótons e nêutrons que juntamente com elétrons formaram os primeiros átomos do universo (hidrogênio e hélio).

Após o big bang, zonas mais quentes condensaram gás hidrogênio e hélio e formaram as primeiras estrelas. Estas formaram os primeiros elementos químicos que deram origem a novas estrelas as quais formaram os elementos mais pesados da tabela periódica que vieram a compor os planetas.

O big bang foi confirmado pela radiação de fundo do universo no trabalho de Penzias e Wilson do Bell Laboratories.

Portanto, pelo teor de suas afirmações, seu conhecimento nesta área parece ser fraco. ]

Agora porque se idealizou o chamado sistema fechado? Para que possamos criar um modelo matemático com resultados precisos, ou seja, queremos evitar que agentes externos interfiram no resultado específico. Só que quando a interferência é muito pequena, ou o que denotaríamos de desprezível, o resultado no caso concreto é muito próximo do resultado em um sistema ideal, que seria o chamado sistema fechado.

[Os modelos são uma aproximação da realidade a fim de que possamos estudar a natureza. Tudo em física são modelos.]

Queremos mostrar com isso que não é necessário a presença de um sistema fechado para contemplarmos a lei funcionando, ou seja, numa comparação simplista, sabemos que a aceleração da gravidade é de aproximadamente 9,78 m/s^2 no vácuo, se considerarmos os efeitos do ar em um corpo de pequena área, ou seja, quando deixamos um prego cair, ainda que seja no ar, encontraremos um resultado muito próximo desse, uma vez que apesar de o ar não ser um sistema fechado, é muito próximo do tal sistema.

[O sistema fechado é essencial se estiver tratando de degradação sem retroalimentação. A sua análise a respeito de entropia remete a que tudo na natureza seja um sistema fechado.

Daí a má compreensão e o mau uso do conceito de entropia.

Como vc é um repetidor, repito a vc: EM SUBSISTEMAS A ENTROPIA PODE REDUZIR-SE, PORÉM NO SISTEMA COMO UM TODO ELA AUMENTARÁ. Ex: poça pré-biótica tem sua entropia reduzida por trabalho externo na ocorrência de reações químicas e sistema Terra tem sua entropia aumentada por ter calor lançado em seu meio a fim de se produzir trabalho. ]

Agora o que tudo isso tem a ver com a teoria da evolução? O fato é que a teoria da evolução propõe que um sistema caótico, teve sua entropia reduzida a ponto de que as moléculas se organizaram e formaram uma célula, e daí por diante a vida teria se iniciado a partir dos seres unicelulares. Essa seria então uma das primícias da teoria da evolução, ou seja, a vida unicelular (algo extremamente complexo) teria se originado da desordem, do caos. Pergunto: isso é impossível? Não é impossível, em um sentido matemático mas é algo extremamente improvável, lembra da história do ovo quebrado que se conserta sozinho? Tal impossibilidade é conhecida no meio acadêmico, e aqui citaremos diversos exemplos, situações não ditas por mim, mas pelos maiores defensores do ceticismo, ou ateísmo como queiram.

[Quanta besteira! A teoria da evolução jamais proporia esse absurdo, nem mesmo a teoria da abiogênese o faria.

Nenhuma célula se formou na terra pré-biótica, nem a vida se iniciou por seres unicelulares. Eles apareceram há 3,8 bilhões de anos e são os extremófilos.

A vida ao que parece se formou de modo muito mais simples que o próprio DNA ou uma proteína.

Estamos falando de DNA primordial, bem diferente do que conhecemos com 4 bases nitrogenadas, pentose e fosfato.

São o que os estudos de Wächtershäuser têm demonstrado.

Como vc fez menção ao ovo, faço menção a nossa galinha, o que derruba sua argumentação.

Começaremos pelo cientista evolucionista Paul Davies que admite que a possibilidade de fazer as proteínas da vida por recombinação casual será semelhante a alguém imaginando que seja possível construir uma casa explodindo dinamite embaixo de um caminhão de tijolos! Num artigo da revista New Scientist, ele disse:


Agora conhecemos que o segredo da vida não consiste somente nos ingredientes químicos, porém, na estrutura lógica e no arranjo específico das moléculas.... Como um supercomputador, a vida é um sistema de processamento de informação.[viii]

O metabolismo dos seres faz com que os organismos trabalhem e produzam os ingredientes para sua manutenção.

A lógica para as proteínas é dada pelo DNA, o qual é montado em suas bases apenas respeitando A-T e C-G.

Mas precisamos de proteína para o DNA se formar não é? Putz só Deus mesmo!!! Ainda não.

Existem as enzimas de RNA ou ribozimas.

A descoberta de ribozimas trouxe uma grande contribuição para a compreensão da evolução dos seres vivos no planeta, sugerindo que, provavelmente, as moléculas de RNA precederam as de DNA neste processo.

As siglas DNA, ou ADN, e RNA, ou ARN, são talvez as mais conhecidas pelos que se interessam pelas ciências biológicas. A primeira refere-se ao ácido desoxirribonucléico, matéria-prima dos genes, e a segunda ao ácido ribonucléico, que também participa na formação de proteínas e se torna cada vez mais importante.

Distinguem-se três tipos de RNA: o mensageiro, o transportador e o ribossômico, que se concentra nos ribossomos, nódulos citoplásmicos onde as proteínas são montadas.

Na década de 60, as principais funções atribuídas ao RNA eram puramente informacionais e estruturais.

Segundo o esquema então aceito, a informação codificada no DNA é transcrita em molécula linear (RNA mensageiro), que copia o código do gene com as instruções para produção de uma proteína.

A seguir, esse RNA sai do núcleo celular e se prende a um ribossomo. Este move-se ao longo da molécula do cabeçote e traduz o código genético numa sequência de ácidos aminados que são carregados pelo RNA transportador. Quando pronta, essa cadeia de ácidos aminados constitui a proteína. Naquele tempo, admitia-se que o RNA ribossômico fosse um mero andaime que mantinha em seus lugares os componentes da proteína. Depois, verificou-se que o andaime não é formado por proteínas do ribossomo, mas pelo RNA dessa estrutura.

Assim Cech (1982) e Altman (1983) demonstraram que o RNA exerce funções catalisadoras.

O que fazem as ribozimas? Elas participam do corte de moléculas de RNA mensageiro, o splicing, fazendo a remoção de "introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas.

RNA autocatalítico foi descoberto no protozoário Tetrahymena e, nesse organismo, era capaz de se autoprocessar, retirando um íntron de forma perfeita, na ausência de qualquer outra proteína.

A posterior descoberta de um rRNA que era responsável pela ligação peptídica entre dois aminoácidos reforçou a idéia de que um RNA poderia ter funções catalíticas.
Talvez um RNA primordial poderia ser responsável pelo início da vida e teria a capacidade de se autoduplicar e produzir polipeptídeos a partir de moléculas precursoras.

Na década de 60 Carl Woese, Francis Crick e Leslie Orgel, ao contemplarem a extraordinária complexidade funcional e estrutural do RNA, propuseram que essa macromolécula poderia possuir uma função catalítica além de sua função básica informacional. Uma descoberta dessa função poderia abrir um novo campo de estudo sobre os primórdios da vida.

E foi exatamente isso que se descobriu, RNAs com funções catalíticas. Essa descoberta permitiu a formulação de várias outras hipóteses sobre o surgimento da vida. Com a observação de algumas dessas moléculas poderiam catalisar sua própria replicação, criou-se uma hipótese de um mundo primordial formado apenas por moléculas de RNA.

Nesse mundo do RNA, como foi chamado, as moléculas de RNA comportavam praticamente como organismos vivos, competindo entre si por meio de seleção natural. Aquelas que possuíam maior longevidade, estabilidade, replicavam-se mais vezes e com maior fidelidade de cópia logo aumentavam sua população no pool de moléculas existentes e proporcionavam a extinção das moléculas mais instáveis e com características menos adequadas.

Com o surgimento do código genético e a produção de proteínas criou-se um sistema enzimático mais eficiente, já que era separado do sistema informacional e não necessitava de uma estrutura especial para realizar as duas tarefas. É provável que, à partir daí cada um dos sistemas pode evoluir com maior eficiência, produzindo uma molécula melhor e mais estável capaz de guardar informação genética (o DNA) e outra mais maleável, capaz de assumir milhares de conformações tridimensionais diferentes que atuassem em reações diferentes, gerando uma melhor especificidade enzimática.

José Fernando Fontanari (professor titular do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo e membro do corpo editorial dos periódicos Physics of Life Reviews e Theory in Biosciences) conta que a descoberta dessas moléculas (as ribozimas) dispensou a presença de proteínas no cenário pré-biótico e, portanto, resolveu em parte o paradoxo de Eigen mostrando que “função” e “informação” podem coexistir em uma mesma molécula. Essa descoberta deu origem ao novo paradigma da origem da vida, chamado mundo de RNA.

Entretanto, o problema da limitação no tamanho das ribozimas e, portanto na quantidade de informação armazenada no RNA, permanecia à espera de uma solução. Pior que isso, a teoria previa que apenas uma única espécie de ribozima sobreviveria - aquela com maior eficiência na replicação. Com isso, fica difícil explicar a vasta diversidade de moléculas que coexistem e interagem de forma coordenada nas células modernas.

Uma solução elegante para todas essas dificuldades – o esquema do hiperciclo – foi proposta pelo próprio Manfred Eigen em parceria com seu estudante de doutorado Peter Schuster. O hiperciclo é um esquema de reação cíclica, em que cada replicador auxilia a replicação do seguinte, até chegar ao último que, então, auxilia a replicação do primeiro, fechando assim um ciclo. Auxílio nesse caso significa catálise e, portanto, os elementos do hiperciclo deveriam ser simultaneamente replicadores e catalisadores (enzimas). Somente as ribozimas possuem essas características.

A possibilidade de coexistência entre ribozimas distintas no hiperciclo resolve o problema da limitação da informação, pois agora cada ribozima pode codificar uma parte apenas da informação total, a qual ficaria armazenada no hiperciclo como um todo. A informação contida em uma ribozima continua limitada pela fidelidade de replicação, mas se, por exemplo, três ribozimas distintas coexistirem num hiperciclo, a quantidade de informação é triplicada. Essa solução modular é adotada pela natureza ao dividir nosso genoma em 23 pares de diferentes cromossomos.

A idéia (ver desenho) é fechar um ciclo entre diferentes elementos, em que a ribozima a utiliza a b para otimizar sua replicação, enquanto b é auxiliado por c que, por sua vez, colabora com a.

Mas os hiperciclos não estão livres de problemas. A crítica mais severa levantada pelos biólogos evolucionistas é a possibilidade ou, como afirmam, inevitabilidade, de surgirem mutantes parasitas em alguma etapa desse processo. Por exemplo, um mutante gerado pela ribozima b pode continuar a receber auxílio de a, mas, por um defeito qualquer, não ser capaz de catalisar a replicação de c.


Este mutante parasita, que não contribui em nada com c, destrói todo o hiperciclo e torna-se a única molécula sobrevivente. “A manutenção de um ciclo como este depende de uma ação altruísta (de filantropia, caridade) de cada membro”, destaca Fontanari. Ele explica que essa teoria é perfeita, mas a possibilidade de surgirem parasitas faz com que o hiperciclo não seja a explicação mais robusta para a origem da vida. “É preciso existir essa cooperação, mas é necessário resolver o problema dos parasitas”, completa o físico.

Segundo o físico, “a solução pode ser alcançada de forma surpreendentemente simples através do confinamento dos hiperciclos em vesículas ou células: o parasita destrói o hiperciclo da vesícula em que se originou, mas não consegue infectar as outras vesículas”.

Quanto à origem da primeira molécula auto-replicadora, talvez a resposta esteja na auto-organização da matéria distante do equilíbrio termodinâmico, campo de pesquisa ainda pouco explorado, que pode levar a descobertas de novas leis da física, segundo Fontanari.

Para Aleksandr Oparin, bioquímico russo pioneiro no estudo científico da origem da vida, como lembrado por Fontanari em um artigo na Scientific American (edição 40, setembro de 2005), “muito, muito em breve as últimas barreiras que separam o vivo do inerte cederão frente ao trabalho paciente e poderoso do pensamento científico”.

Creio que com a explicação acima dada por cientistas a questão dos biopolímeros esteja clara.

Mas, de onde vieram as ribozimas?

R.Desde a experiência de Urey-Miller, passo-se a sintetizar em laboratório os componentes simples das moléculas complexas, submetendo-se misturas de gases simples a energias diversas. Com isso pôde-se obter aminoácidos, ATP, Bases nitrogenadas de DNA e RNA.

Leslie Orgel do Salk Institute descobriu uma molécula semelhante ao RNA, com 50 nucleotídeos formada espontaneamente a partir de sais de chumbo, e compostos de carbono simples, na ausência de células ou compostos complexos.

Manfred Eigen do Gottigen Institute, com sua equipe criou moléculas de RNA que se auto replicaram na ausência de células vivas.

Ao reagir consigo mesmo por 5 vezes, o ácido cianídrico (componente produzido no espaço interestelar e, provavelmente mais um dos candidatos a atmosfera pré-biótica), resultou em adenina, que compõe o DNA, RNA e ATP.

Uma vez que no mundo pré-biotico não havia proteínas, as quais interagem com moéculas numa reação, servindo como catalisadores, estes devem ser procurados entre os que estavam presentes no planeta.

Assim, metais e argilas possuem atividade catalítica e facilitam a reunião de cadeias curtas como as do RNA a partir de nucleotídeos.

Assim, é possível que o rRNA tenha se formado no mundo pré-biótico, o que resolve a síntese de proteínas, enzimas, RNA´s em geral e DNA.

Creio que tal explicação em termos científicos reduz as dúvidas quanto ao problema proteína/RNA/DNA.]

Vejamos o que nos diz o ganhador do prêmio Nobel de Medicina Dr. Francis Crick:


Um homem sincero, armado com todo conhecimento de que dispomos agora, só poderia afirmar que, num certo sentido, a origem da vida parece no momento ser quase um milagre, tantas são as condições que teriam que ser satisfeitas para fazê-las existir.[ix]

[Uma afirmação pessoal do Crick não torna o evento impossível. Argumentos da autoridade em ciências naturais não são nada. Daí esses textos fora de contexto não provarem ou confirmarem nada acerca do evento da vida.]


E por que não falarmos do pai do ceticismo moderno, Carl Sagan, que arrebatou multidões em sua aclamada série Cosmos. Segundo Sagan a possibilidade do homem ter evoluído é de aproximadamente 1 em 10^2.000.000.000.[x]

Se fossemos escrever esse número por extenso seria preciso o equivalente a 20.000 livros de 100 páginas. Tal probabilidade nos mostra que tal evento simplesmente não ocorreu, fere os princípios básicos da segunda lei, a possibilidade de tal organização a partir da desordem é algo que simplesmente não pode ser concebido. Impossível?

Não, mas altamente improvável.

[De onde vc tirou tal afirmação, ou seja qual a fonte? Vc é mentiroso mesmo ein!!! como todos os criacionistas (será que é isso que Deus ensina na sua crença). Sagan jamais disse isso. Sou fã dele desde que tinha 5 anos de idade. Hoje tenho 41; li seus livros, assisti e reassisti a série e nunca ouvi isso.

Aqui vai o que Sagan disse e se relaciona ao projeto SETI - A Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI):

“Alguns cientistas que trabalham na questão de inteligência extraterrestre, e eu estou entre eles, tentaram calcular o número de civilizações técnicas avançadas na galáxia Via Láctea - isto é, sociedades capazes de radioastronomia. Tais estimativas são um pouco melhor que chutes. Elas requerem atribuir valores numéricos a quantidades como os números e idades de estrelas, o que nós sabemos bem; a abundância de sistemas planetários e a probabilidade da origem de vida dentro deles, a qual nós sabemos menos bem; e a probabilidade da evolução de vida inteligente e o tempo de vida de civilizações técnicas sobre as quais nós sabemos muito pouco realmente. Quando nós fazemos a aritmética, o número que meus colegas e eu propomos é ao redor de um milhão de civilizações técnicas apenas em nossa Galáxia. Este é um número de tirar o fôlego, e é divertido imaginar a diversidade, estilos de vida e comércio desses milhões de mundos. Mas pode haver tanto quanto 250 bilhões de estrelas na Galáxia Via Láctea. Até mesmo com um milhão de civilizações, menos que uma estrela em 250.000 teria um planeta habitado por uma civilização avançada. Considerando que nós temos pouca idéia de quais estrelas são as candidatas prováveis, nós teremos que examinar um número enorme delas. Assim a busca por inteligência extraterrestre pode requerer um esforço significante.”

Acho que é bem diferente das baboseiras que vc escreveu. Ou seja para ser delicado, vc faltou com a verdade. Cuidado... Deus castiga quem mente ein! E para os humanos perde-se o crédito.]

Para tratarmos dessa questão de probabilidade, e para que entendamos o que representa tais potências num sentido prático, faremos uso da chamada Lei de Borel, que nos mostra que estatisticamente um evento cuja probabilidade esteja abaixo de 1 chance em 10^50 simplesmente não ocorre. Ora se 10^50 não ocorre[xi], então o que dizer do 10^2.000.000.000. Fatidicamente Sagan, assassinara, portanto, a teoria da evolução de uma vez por todas.

[Como Sagan não disse nada disso, sua afirmação é infundada.]

Marcel P. Schutzenberger da Universidade de Paris, França, calculou a probabilidade da evolução baseado na evolução e na seleção natural. Como muitos outros cientistas ele calculou que era algo inconcebível, porque a probabilidade de um processo ao acaso realizar isso é virtualmente zero, como vemos:


Não há probabilidade (10^1000) de ver esse mecanismo surgir espontaneamente e, se surgisse, menos ainda que se mantivesse...Para concluir, cremos que existe uma brecha considerável na Teoria Neodarwinista da evolução, e cremos que essa brecha é de natureza tal que não pode ser fechada dentro da concepção corrente da biologia.

[Quais os dados utilizados e as fontes para que o dito cujo calculasse tal probabilidade se é que ele calculou mesmo? Qual sua fonte para afirmar isso? Não encontrei nada que Marcel P. Schutzenberger calculasse a possibilidade da evolução em termos de probabilidades, nem dentro do Dedalus da USP nem nos sistemas da Universidade de Paris. Ao que parece, é mais uma das mentiras criacionistas.

Marcel apenas critica as falhas da teoria sem calcular qualquer probabilidade.]


Alguns evolucionistas tentam argumentar que em virtude do processo ser gradual não seria estranho que uma série de impossibilidades se acumulasse no decorrer do tempo, o fato é que o espaço entre uma possibilidade e outra, não é infinitesimal uma vez que para cada passo seguinte temos que esperar um verdadeiro milagre estatístico, e não é só o evento ocorrer, mas ele se manter para possibilitar o evento seguinte, uma vez que eles são interdependentes, ou seja quando se calcula uma probabilidade para um evento final como o surgimento da vida pelo acaso, se faz necessário que uma séria de eventos consecutivos e ordenados ocorra de uma maneira lógica a fim de gerar uma “simples” vida unicelular.

[Aqui vc começa a incutir o “deus das lacunas” o típico sofisma criacionista. Saiba que pequenas mudanças em genes reguladores (Hox) podem levar a mudanças gritantes nos fenótipos. Se a mutação se revelar melhor para a espécie, ela será transmitida mais intensamente aos futuros descendentes.

Ao final de muitas gerações, podemos ter coisas muito diferentes do ancestral comum, como seria um gorila, um chimpanzé um bonobo e um orangotango.]

Talvez alguém até pense que esse número (1 chance em 10^1000), não seja lá uma possibilidade muito pequena como acredita Schutzenberger, mas vamos dar um exemplo para esclarecer. Para se ganha na mega-sena temos uma possibilidade na ordem de 10^10, perceba que as pessoas ganham na mega-sena, uma vez que não há violação da lei de Borel (10^50). Vamos dar um exemplo extremo: quanto tempo (em anos) uma ameba gastaria para transportar todos os átomos, um de cada vez, de 600.000 trilhões, de trilhões, de trilhões, de trilhões de universos do tamanho do nosso, de uma ponta a outra do universo, considerando que o universo tem um diâmetro de 30 bilhões de anos luz? A resposta é que essa ameba gastaria 10^171 anos para realizar essa tarefa, mas perceba que esse valor nem seque arranha 10^1000.

Perguntamos de novo, como podemos crer em algo cujas chances são de 1 em 10^1000 ou até 1 em 10^2.000.000.000?

[Como vc muda os dados ein? Para começar, isso é uma distorção ou invenção de dados. Aliás o termo criacionistas vem a calhar.

Vocês são “criadores” de mentiras, besteiras e falácias. Vc foi bem enquanto citou suas fontes, mas a partir desses dados probabilísticos deixou a desejar, pois pelo que notei são pura invenção.

Como disse, vc não precisa alterar um genótipo inteiro da espécie. Basta que uns 3 ou 4 Hox se alterarem para mudar a coisa completamente. Assim, sua teoria de probabilidades não passa de distorção de dados.]

O fato da Teoria da Evolução simplesmente não elucidar a origem da vida a partir da matéria não viva é algo tão improvável e absurdo que os evolucionistas admitem descaradamente, tomarei como exemplo a última publicação da revista Super Interessante, que trazia como matéria de capa “Darwin o homem que matou Deus”. Veremos o que a própria revista afirmou:

Era uma molécula capaz de se replicar, de sugar matéria orgânica do ambiente e usar como matéria-prima para produzir cópias dela mesma. Motivo? Nenhum: ela fazia réplicas por fazer e pronto. Vai entender...[xii]

[A Teoria da evolução nem deveria elucidar o enigma da vida. Isso é objeto da teoria da origem da vida. Não confunda mais alhos com bugalhos.

Mais uma vez, A VIDA SURGIU DE MATÉRIA INERTE E NÃO DE MATÉRIA NÃO VIVA, POIS O QUE É NÃO VIVO UM DIA VIVEU E MORREU. Escreva isso 100 vezes quem sabe entra na sua cabeça.]

E é assim que a ciência evolucionista é feita, com frases dogmáticas como vemos acima “ela fazia réplicas por fazer e pronto”, mas se você caro leitor achou isso pouco, o que dizer dessa próxima frase:

Essa aparição foi algo tão improvável quanto se esta revista (que também é feita de cadeias de carbono) comesse seus dedos agora e, a partir dos átomos da sua carne, pele e ossos, construísse uma cópia dela mesma. Improvável, mas foi exatamente o que aconteceu naquele dia.[xiii]

[Sim a aparição da vida é um evento difícil de ocorrer, não sabemos ainda como ocorreu e por que. Mas de dogmático isso não tem nada. Quando aborda Darwin, estamos há quase 200 anos. Sequer se sabia o que sabemos hoje sobre DNA, células e reações metabólicas.

Mas o fato é que a vida está ai. Não sabemos como eram as condições do planeta e o que pode ter desencadeado isso e como se procedeu.

Mas algo ser improvável não remete a seres divinos, remete a estudos para se desvendar o problema.]

A questão toda é, até quando aceitaremos esse tipo de ciência? Acusar os criacionistas de usar a fé, e pedir para que acreditemos em algo como o escrito acima é no mínimo ridículo.

[Bem, se vamos falar de ridículo, seu entendimento de teoria da evolução e de termodinâmica eu os considero ridículos em virtude dos erros que comete e de sua abordagem infantil.

Quando eu era criança me contentava com o “foi deus”. Depois do ensino fundamental isso se apagou da minha mente. Passei a investigar e deixar de ter “preguiça mental”.]

Por isso que nós podemos afirmar categoricamente, que em conformidade com a Segunda Lei da Termodinâmica, certos eventos simplesmente não ocorrem, e a evolução é um deles. E vimos também que não é só o fato da Terra ser um sistema aberto que a torna imune a segunda lei, ou que, o fato de um sistema aberto ser mais favorável a redução da entropia não quer dizer que necessariamente a redução da entropia venha a ocorrer; além de contemplarmos também que não é só ter energia disponível mas é como a energia é utilizada no processo, como afirmam Simpson e Beck:

(…) o simples fornecimento de energia não é suficiente para desenvolver e manter a ordem. Um touro em uma loja de porcelana executa trabalho, mas ele nem cria nem mantém organização. O trabalho necessário é um trabalho específico; tem que seguir especificações; requer informação em como proceder.[xiv]

Sim, Beck está correto, mas você não. Como explorei acima, a redução de entropia pode ocorrer em muitos sistemas abertos desde que observadas condições para tal.

A vida não é o único processo onde podemos observar uma diminuição na entropia e o aparecimento espontâneo de ordem a partir da desordem. Flocos de neve, por exemplo, são formados quando moléculas de água movendo-se aleatoriamente usam energia para organizarem-se em um padrão cristalino ordenado. Charcos d'água, nos quais as moléculas de água movem-se aleatoriamente, podem usar a energia da luz solar que cai sobre elas para formar células de convecção ordenadas e regularmente construídas.

Assim, seu argumento é falho.


Não quis aqui criar um compêndio sobre a Segunda Lei da Termodinâmica, mas demonstrar as suas implicações em decorrência da Teoria da Evolução. E reafirmar a posição de que tal lei interfere sim, e é, ainda que alguns evolucionistas não sejam sinceros para admitir, um problema à Teoria da Evolução.

Realmente o que vc criou foi um assassinato da segunda lei da termodinâmica.

E depois de tudo isso ainda querem obrigar que todo esse lixo faça parte do currículo escolar como uma visão alternativa ao que é científico.

Vocês deveriam era serem multados e perderem as credencias de professores, pois vocês ensinam os alunos a pensarem errado no que concerne ao método e ao raciocínio científico. Aliás coitados de seus alunos.

Que Deus tenha piedade de vossa estupidez!!!!

Elyson Scafati

Ronaldo Xavier Pimentel Júnior disse...

Caro Elyson Scafati,

Poderia até contrapor os seus argumentos, contudo quem leu o texto percebeu a grande quantidade de referências que trouxe, se “assassinei” a termodinâmica o fiz junto com os principais professores de física desse país, e alguns fora dele, sua análise demonstra sua fé cega na teoria da Evolução, fé que por sinal desconhece ao afirmar que a origem da vida não faz parte da referida teoria, lamentável mesmo, típico de quem quer restringir a teoria para fugir do problema. Caro Elyson, não são gritos nem insultos que farão seus argumentos convincentes, seja mais educado e aí talvez alguém lhe escute. Agradeço por ter acessado meu blog, forte abraço.
Atenciosamente:

Ronaldo Xavier.

Elyson Scafati disse...

Não, não tenho fé em teorias científicas. Se elas forem rechaçadas por meio de estudos condizentes, para mim não fará a mínima diferença.

Somente não aceito erros, textos fora de contexto e mentiras como as que você apôs em seu artigo.

Sou engenheiro de produção habilitado em mecânica e físico com pós pela USP e atual estudante de direito na mesma universidade.

Acredito que entendo um pouco de termodinâmica, pois estudei esta disciplina por 4 longos anos(física 2, termo 1, termo 2 transcal 1, transcal 2, FT, mec flu 1 a 4, máquinas térmicas e termodinâmica de usinas nucleares, além de estatística e físico química).

Assim acho que consigo perceber que você usa mal os conceitos, espero que por má fé e não por ignorância.

saiba que conheço toda a bibliografia que empregou e lhe asseguro que a empregou muito mal.

Escreva 100 vezes: Origem da vida não é teoria da evolução. Somente a partir do evento da vida é que a seleção natural entra em, ação.

Volto a repetir, se um dia meus filhos aparecerem com material criacionista em casa, processo a escola por formar e informar mal seus alunos, violação de direito de liberdade de crença religiosa e danos morais pela perda de tempo com tolices.

Agora se eu contestar sua fé, o quadro muda. Posso lhe dizer que o "monstro do espaguetti" é o deus verdadeiro, pois ele me revelou isso e que o seu deus não é nada.

Você dirá que sou maluco ou que estou dominado pelo capeta e que preciso da salvação.

Isso é fé, revelação. Ciência não se trata de revelações, mas de evidências plausíveis que confirmem ou rechacem teorias e não é com argumentação retórica que se confirma alguma coisa no mundo científico. Esse tipo de postura é válido em direito.

Leia direito o Halliday e os Fudamentos de Físico Química do Castellan, além do Feltre (Química) para perceber que entropia não contraria as origens da vida e teoria da evolução em nada.

Não insultei sua pessoa, jamais o faria, pois isso seria o argumento ad hominiem e não tenho nada contra vc.

Somente fico indignado com a postura do criacionismo pautada na mentira, sim MENTIRA e ENGANAÇÃO dirigida a leigos e jovens despreparados, pois é só o que fazem com as porcarias que escrevem.

Dawkins está certo quando desce a lenha em vocês.

É uma pena que cientistas sérios estejam apáticos à onda obscurantista que vem assolando o mundo com o criacionismo.

Infelizmente o Brasil é terreno fértil para isso, pois aqui vale mais a palavra de um curandeiro que a de um médico.

Uma coisa é certa na bíblia: quando Jesus disse que trazia a espada.

Realmente foi o que ele trouxe e até hoje seus discipulos a usam em prol da ignorância, do fanatismo e da tirania.

Maximiano disse...
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Maximiano disse...
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Maximiano disse...

Elyson, nunca vi tanta bobagem junta quanto o que você postou aqui. Agora sei que não há limites para as falácias evolucionistas.
Você diz que o princípio do aumento da entropia só é valido para sistemas fechados, quando TODOS os exemplos que você deu de aumento de entropia foram em sistemas abertos. E o mais ridículo ainda é citar exemplos de obras de planejamento inteligente para provar que o estabelecimento da ordem é possível. O cúmulo do ridículo é o que você diz sobre o pé de feijão. Cara, com todo respeito, EU NUNCA VÍ MAIOR IMBECILIDADE!!!!!!! ´
Entenda: o pé de feijão produz ordem e complexidade porque já tem as instruções nos seus genes para tal fim, sua ordem não surge pelo acaso. Agora a TE diz que a informação contida nos seres vivos veio do acaso, ou seja, é totalmente diferente!
A geladeira, que Ronaldo citou, também não é um ser inteligente, mas é obra de inteligencia. Da mesma maneira o pé de feijão: ele foi obra de um criador inteligente!
E pior ainda foi você questionar onde Sagan disse que a probabilidade da evolução do homem é de 1 em 10 elevado a dois bilhões. O professor Ronaldo deu a referência no final do texto, você não viu não?!?! Se não viu vou lhe mostrar agora:

SAGAN, Carl; CRICK, F. H. C.; MUCHIN, L. M.. Comunication and Extraterrestrial Inteligence. MA: MIT Press. p. 46.

E só mais uma observação: qualquer pessoa que tenha lido o texto do professor Ronaldo e entendido o centro do argumento, percebeu que o que você postou é falácia. Qualquer um que tenha um minimo de bom senso percebeu isso.

Elyson Scafati disse...

Maximiano recomendo que estude termodinâmica e fisico-química antes de proferir insultos.

Quanto à referência do Xavier, tenho este livro, o do Sagan, em inglês e NADA, absolutamente NADA menciona tal coisa nos moldes que ele coloca, ou seja, totalmente distorcido, assim como fez com o livro do Asimov o qual tenho em português.

Um sistema fechado é aquele que está completamente isolado de qualquer meio, ou seja, não recebe nada do meio externo a ele.

Quanto a um sistema aberto, este não está isolado do meio, ou seja, recebe componentes deste meio.

Se sistemas abertos não conseguissem reduzir sua entropia, vc não estaria vivo meu caro e sequer teria existido algum dia.

[Agora a TE diz que a informação contida nos seres vivos veio do acaso, ou seja, é totalmente diferente!]

Errado Maximiano, para entender isso tem de entender o que é química e como ocorrem as reações químicas. Não discorrerei sobre isso.

[A geladeira, que Ronaldo citou, também não é um ser inteligente, mas é obra de inteligencia. Da mesma maneira o pé de feijão: ele foi obra de um criador inteligente!]

Putz é mesmo? Quem é o ser inteligente então. Dê apenas uma evidência concreta do dito cujo.

Se formos falar em falácia esta é argumento da ignorância no qual criacionistas são especialistas.

Elyson Scafati disse...

Segue na íntegra o artigo

http://cienciaxreligiao.blogspot.com/2009_03_15_archive.html

Maximiano disse...

[Maximiano recomendo que estude termodinâmica e fisico-química antes de proferir insultos.]
Se eu preciso estudar termodinâmica e físico-química você precisa jogar seu cérebro fora e colocar outro no lugar.
[Quanto à referência do Xavier, tenho este livro, o do Sagan, em inglês e NADA, absolutamente NADA menciona tal coisa nos moldes que ele coloca, ou seja, totalmente distorcido,]
Ok, vou ACREDITAR em você.
[assim como fez com o livro do Asimov o qual tenho em português.]
Meu amigo o que Asimov disse ali é MUITO CLARO, e endossou completamente a argumentação de Ronaldo, só ateus como você, que não querem enxergar a verdade, é que não percebem isso.
[Um sistema fechado é aquele que está completamente isolado de qualquer meio, ou seja, não recebe nada do meio externo a ele.

Quanto a um sistema aberto, este não está isolado do meio, ou seja, recebe componentes deste meio.]
Não precisa ficar me dando definições, e como eu disse todos os exemplos que você deu de aumento de entropia ocorreram em sistemas abertos, por que na prática NÃO EXISTE um sistema absolutamente isolado.
[Se sistemas abertos não conseguissem reduzir sua entropia, vc não estaria vivo meu caro e sequer teria existido algum dia.]
A informação biológica encontrada em mim teve um surgimento primordial inteligente (me refiro aqui a origem da vida), por isso que eu existo, e é ela que controla todos os processos metabólicos do meu organismo para que eu permaneça vivo, até que a “maquinaria biológica” acabe se “enferrujando” e um dia eu morra.
[Errado Maximiano, para entender isso tem de entender o que é química e como ocorrem as reações químicas. Não discorrerei sobre isso.]
E ainda vem falar de “química”. Elyson, deixa eu desenhar pra ver se você entende. Vou citar um exemplo muito interessante da questão, pra ilustrar.
Quando você olha algo escrito num papel você sabe que aquilo teve uma origem inteligente, mesmo que os processos físico-químicos que fizeram a tinta “grudar” no papel sejam explicados por meios naturais: é explicado simplesmente pela química. Mas não é pela química que você explica a forma como a tinta vai se organizar formando letras, palavras e sentenças. É essa a questão: A questão da origem da vida e da informação biológica segue no mesmo raciocínio. Agora você ta falando como se nós criacionistas disséssemos que é necessário um milagre para que a tinta fique grudada no papel, e que explicando físico-quimicamente como essa tinta vai ficar no papel você assim explica como a informação (a organização da tinta no papel, formando sentenças) surgiu por processos naturais (processos naturais=processos sem um direcionamento inteligente). Percebe-se claramente que você nem entendeu direito a argumentação, e deturpou totalmente as palavras de Ronaldo e dos criacionistas no geral.

Maximiano disse...

Ah e obrigado por divulgar o texto de Ronaldo no seu blog, assim você faz com que mais pessoas tenham acesso a informação.
Sim, porque concerteza muitas pessoas que visitarem seu blog terão mais de dois neurônios e por isso entenderam a argumentação de Ronaldo, e que você não entendeu e NEM REFUTOU NEM DE LONGE ela.

Maximiano disse...

O Prof. Dr. Andy McIntosh, que leciona Termodinâmica e Teoria da Combustão na Universidade de Leeds (http://www.engineering.leeds.ac.uk/erri/people/mcintosh/mcintosh.shtml) e é um dos proponentes do Design Inteligente, publicou recentemente um artigo científico (revisado por pares) no International Journal of Design & Nature and Ecodynamics, mostrando os problemas Termodinâmicos da Teoria da Evolução, e mostrando que os argumentos típicos dos evolucionistas não servem de nada para salvar a Teoria da Evolução da Segunda Lei da Termodinâmica:

http://journals.witpress.com/pages/paperinfo.asp?PaperID=420&jID=19&vn=4&in=4

Bioquimico disse...

Ronaldo e Maximiliano,

Como quimico e trabalhando à 20a numa universidade com pesquisa nunca li tanta bobagem junta!

Vc quer provar o quê afinal com a sua "nova" lei da termodinamica?
Que a vida vai contra a lei das da termodinamica, ou seja, é impossível? Não, não é! E pra que a SUA entropia seja reduzida vc AUMENTA e muito a entropia do meio.
Se vc comer 1Kg por dia, em menos de 3 meses vc aumentou a entropia de uma biomassa igual ao seu peso. Em 1 ano 4x o seu peso. E em 70a, 240x a sua biomassa.
Ou seja, tudo dentro da 2a lei da termodinamica.

SE vc quer provar com essa sua teoria tosca que a evolução é impossivel, a ideia novamente está furada, pq vc VÊ a evolução acontecer em bacterías que uma expectativa de vida curta.


Sobre proteinas., não existe UMA hemoglobina e sim milhares homólogas.
Tb vc não está lidando com 1 moléculas e sim com um No quase incontável delas.
Lembro-lhe qie o No de Avogadro é de "apenas" 6,02x10^23 moleculas! Isso pra 1 mol. No caso da água isso são meros 18g. Agora se existe essa quantidade absurda de moléculas em 18g de água imagina num mundo inteiro a quantidade quase infinita de moléculas.

Alias, não é preciso muito pra formar aminoácidos. Urey-Miller conseguiu isos e poucos litros e com alguns dias apenas! E isso de forma NATURAL!


"...lei da biogênese de autoria de Louis Pasteur, que derrubou a falsa idéia evolucionista da geração espontânea."

Ideia evolucionista?!? Desde qdo Darwin defendeu a geração espontanea??? Fala sério!
Isso é ideia de criacionista que achava que vida aparecia do nada, como magica!
Darwin sempre disse que uma especie descende da outra!

O que pasteur provou que num CURTO espaço de tempo vida só pode vir de vida. Nada falou (ou testou) sobre MILHOES de anos!

Sugir novamente que leia o experimento de Miller, a Hipotese de Oparin e a teoria dos Coacervados.

Sobre PROVAS sobre evolução existem inumeras: anatomia comparada, genoma e proteoma que são tão mais similares qto mais proximas está a especie.
Uma simples olhada em bancos de dados usados em fingerprint de espectrometria de massa provam o parentesco em termos de proteoma de bilhões de especies. Sugiro uma lida no Mascote onde se encontarm varios bancos de pesquisa em proteinas.

Fora isso, posso apontar complexidade CRESCENTE entre camadas geologicas, a formaçao de fosseis que demora milhões de anos, vários metodos de datação e tantas outras evidencias.

Unknown disse...

Parabéns Ronaldo e todos os que tem coragem de expor seus argumentos criacionistas de forma racional.
Só uma dúvida: será que se você (Ronaldo) tivesse proposto que papai noel não existe teriam tantos xiliques como desse tal de Ely? Provavelmente não! Sabe por que? Porque papai noel não existe.
Agora falar em coisas que remetem a um criador, causa um esterismo sem precendentes!
Guardaremos nossa fé até o dia em que cada um terá de prestar contas do que fez.
Só um fato: Jesus nunca foi unanimidade, nasceu e morreu pobre e mesmo assim dividiu a história em 2 partes